Biodiversidade do Campo das Vertentes em discussão

publicado: 07/06/2011 14h28,
última modificação: 07/06/2011 14h32

O Museu Regional de São João del-Rei/Ibram recebeu professores e alunos da Universidade Federal de Lavras para apresentar ao público a exposição “Biodiversidade do Campo das Vertentes: Libélulas, abelhas e outros insetos”. No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, os biólogos Marcos Magalhães de Souza e Brígida de Souza explicaram a importância dos resultados obtidos no projeto “Biodiversidade de grupos de insetos (Insecta) na Mata do Baú, Barroso, Minas Gerais”. O trabalho de fotografias e coleções de insetos faz parte do acervo do Departamento de Entomologia da UFLA e pode ser visto, até o dia 14 de agosto, na Sala de Exposições de Curta Duração do Museu Regional de S. João del-Rei.

Os professores discutiram sobre a diversidade biológica existente na Mata do Baú, incluindo plantas, microorganismos e animais, especialmente os insetos. Segundo Marcos, que deu início aos estudos do projeto em 2003 e fotografou alguns dos insetos, a preservação de áreas naturais é essencial para a manutenção dessas espécies e do ecossistema. “O resultado desse primeiro momento da pesquisa, também apresentado pelo Museu Regional de São João del-Rei, foi sobre a relação das vespas sociais com o estado de conservação das matas ribeirinhas. É preciso conservar os nossos ecossistemas”, explica o professor. Marcos salientou a importância da biodiversidade no Campo das Vertentes e acrescentou: “A Serra São José, em Tiradentes, é outro local que deve ser explorado pelas Ciências Biológicas, pois é o terceiro maior ecossistema do planeta”.

Coordenadora do projeto desde 2009, Brígida destacou a falta de estudos na área de Entomologia no Brasil como um dos fatores responsáveis pelo não conhecimento de várias espécies: “Aproximadamente 50 espécies de libélulas que ocorrem na Mata do Baú foram classificadas, três delas novas para a ciência”. A professora apontou, também, para a necessidade de desenvolver estas pesquisas para auxiliar outras áreas de estudo, como a agricultura, epidemiologia e medicina veterinária. “Os insetos têm hábitos e alimentações diversas e, contribuem para a aceleração de processos de decomposição da matéria vegetal e animal”, diz Brígida.

A exposição “Biodiversidade do Campo das Vertentes: Libélulas, abelhas e outros insetos” está aberta ao público diariamente, das 09:00 às 17:30 horas, à Rua Marechal Deodoro, nº 12, Centro.