Fotógrafo André Penteado lança livro sobre Missão Francesa no MNBA

publicado: 16/10/2017 08h45,
última modificação: 16/10/2017 08h45

No próximo dia 17 de outubro, terça,  a partir das 18:30h,  o fotógrafo paulista André Penteado vai lançar no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram) um livro que convida a uma releitura da Missão Francesa,  capitaneada por Joaquim Lebreton, que chegou ao Brasil, há mais de dois séculos para implantar o ensino oficial da arte e deixou marcas na nossa cultura desde então.  As fotos foram feitas por André no Rio de Janeiro, entre fevereiro de 2015 até janeiro de 2017.

A publicação Missão Francesa busca relacionar passado e presente a partir da formação de artes no Brasil, pelos franceses, em locais emblemáticos como o Museu Nacional de Belas Artes, o Museu D. João VI e o solar Grandjean de Montigny, e a personificação do que esse processo representou, em retratos de alunos e professores da Escola de Belas Artes da UFRJ, retratos de descendentes de Nicolas-Antoine Taunay e desenhos, pinturas e esculturas dos artistas que compuseram a Missão, assim como de seus alunos, pertencentes aos acervos das instituições visitadas.

O livro é dividido em três partes: na primeira, que representa o tempo presente, o leitor se depara com uma série de imagens, todas relacionadas de alguma forma com a história da Missão Francesa (há legendas no fim do livro que identificam cada uma delas), e que sugerem uma reflexão sobre a ideia de que copiar modelos resolverá os problemas e a dificuldade em seguir com o planejamento de projetos; a segunda, representando o passado, contém a reprodução do Plano de Lebreton para o estabelecimento de uma escola de Belas Artes no país, o documento fundamental desta história; e a terceira, apontando para o futuro, contém retratos de alunos da Escola de Belas Artes da UFRJ, instituição que “descende” diretamente da Academia Imperial de Belas Artes, mas traz também uma interrogação: “Se os diversos espectros da sociedade brasileira estão também nas escolas de artes, alguma mudança ocorreu, mas, se o prédio da Universidade está depauperado, qual educação está sendo oferecida a eles?”, se pergunta o fotógrafo.