Mostra de filmes curtos marca Dia Internacional da Mulher no Ibram/MinC

publicado: 06/03/2012 09h45,
última modificação: 09/03/2012 11h40

O Dia Internacional da Mulher (8 de março)será celebrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), em Brasília, com uma mostra de curtas-metragens brasileiros realizados por mulheres ou que possuem a temática do feminino.

A sessão Dia Internacional da Mulher: eu curto acontece às 16h do dia 8, no auditório do Ibram (Setor Bancário Norte, Quadra 2, Bloco N – Sobreloja), e tem como convidado, para um bate-papo com o público, Ciro Inácio Marcondes – Mestre em Literatura pela Universidade de Brasília (UnB) e Professor do Curso de Cinema e Mídias Digitais do Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB). A entrada é franca e os filmes têm Indicação Livre.

A sessão começa com um filme de ficção baseado na obra homônima da poetisa pernambucana Deborah Brennand e dirigido por sua neta, Deborah Mendes. Tantas e tantas cartas (18min, 2006, Pernambuco) aborda um universo feminino e lírico a partir de cartas familiares enlaçadas de poemas, recusando os limites do tempo.

A seguir, é a vez do documentário Cheiro de pequi (36min, 2006, Mato Grosso), realizado pela etnia indígena Kuikuro, habitante do Alto Xingu, e que integra o projeto Vídeo nas Aldeias. Quando a estação seca chega ao fim, o cheiro de chão molhado mistura-se ao doce perfume de pequi. Mas nem sempre foi assim.

Ligando o passado ao presente, o filme conta uma estória de perigos e prazeres, onde homens e mulheres, beija-flores e jacarés constroem um mundo comum. Prêmio Especial do Júri, Festival Internacional de Curtas de Rio de Janeiro (2006), e Melhor Curta-metragem no Festival Présence Autochtone de Terres en Vue, Montréal (2007).

Epiphanie, da sergipana Gabriela Caldas (8min, 2007, Sergipe), ganhou o prêmio Melhor Filme Sergipano no 7º Festival Ibero-Americano de Cinema de Sergipe (2007). Epiphanie quer dizer iluminação, revelação. O curta de inspiração surrealista fala com humor do drama de Castalia que, mergulhada em sua tristeza, evoca seu lado dionisíaco. Ela então se materializa na figura da ninfa Clio, para desespero de seu marido Apolo.

O documentário Cora Coralina – O chamado das pedras, realizado por Waldir Pina (22 min, 2008, Goiás), fala da vida e a obra da poetisa goiana Cora Coralina. A narrativa é construída por meio da colagem de trechos de seus poemas, inserções de depoimentos e a exploração fotogênica da paisagem natural, urbana e visita aos álbuns fotográficos das famílias goianas e museus da cidade.

A sessão encerra-se com o premiado curta-metragem Sweet Karolynne (15min, 2009, Paraíba), documentário realizado por Ana Barbara Ramos. Menções honrosas nos festivais do Ceará (2009), Cine PE (2010) e Prêmio Aquisição Canal Brasil no Curta Cinema 2009, o filme mostra o mundo a partir da visão da pequena Karolynne, que têm em Jarbas e Elvis Presley duas grandes referências para sua vida.

Texto e ilustração: Ascom/Ibram