Os 90 anos da Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo (SP), entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, têm motivado uma série de eventos comemorativos pelo Brasil. A celebração da data é uma boa oportunidade para conhecer de perto obras de artistas que participaram ou influenciaram o evento que intencionava romper com uma concepção de arte ainda acadêmica e sob forte influência francesa da belle époque.
Parte destas obras pode ser visitada nos museus vinculados ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC). É o caso da escultura Portadora de Perfumes, de Victor Brecheret, e das pinturas Auto-Retrato ou Le manteau rouge, de Tarsila do Amaral (foto); de Colonos, de Di Cavalcanti, e de uma série de pinturas de Anita Malfatti, pertencentes ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro (RJ).
Merecem destaque, ainda, as obras do maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, maior expoente do modernismo brasileiro na música, que integram o acervo do Museu Villa-Lobos, também no Rio de Janeiro. O acervo inclui as partituras e o programa das cerca de vinte composições de Villa-Lobos apresentadas durante a Semana.
No Museu Lasar Segall, em São Paulo (SP), é possível conhecer ainda obras do artista brasileiro nascido na Lituânia que, com exposição individual realizada em 1913, iria influenciar decisivamente a criação da Semana de 22.
Texto: Bruno Aragão – Ascom/Ibram
Colaboração: Daniela Matera/DEPMUS/Ibram