Durante a 8ª Primavera dos Museus, o presidente do Ibram, Angelo Oswaldo, participa de uma série de atividades nas cidades de Maceió (AL) e Salvador (BA).
No dia 24, durante a abertura do V Encontro Nacional de Memoriais do Ministério Público (MP), em Maceió, Oswaldo profere palestra sobre sua experiência na área museológica, com destaque para a preservação da memória brasileira. Antes, visita, ao lado do procurador-geral de Justiça no estado, Sérgio Jucá, o memorial do MP de Alagoas.
Com o tema O papel social dos museus, o encontro se estende até o dia 26 e reúne representantes de memoriais de ministérios públicos de 17 estados. Apresentação de experiências, grupos de trabalho em torno da memória institucional e suas interrelações, e a preparação da Carta de Maceió, documento síntese do encontro, compõem a programação.
“O Ministério Público exerce papel relevante na salvaguarda de acervos museológicos. Daí a importância de se dialogar com os representantes ligados diretamente aos campos da cultura e memória nos estados”, enfatiza Angelo Oswaldo.
Arte e Memória
No dia 25, ele visita instituições de arte e memória na capital alagoana: a Fundação Pierre Chalita e a Casa Jorge de Lima. Localizada em um casarão no centro da capital, a fundação, que leva o nome do artista e colecionador Pierra Chalita (1930-2010), é responsável por dois museus: Museu de Arte Brasileira (MAB) e Museu de Arte Pierre Chalita – que ocupa o mesmo edifício histórico da fundação.
A coleção do museu é constituída por parte das mais de 2,2 mil obras pertencentes à fundação e abrange pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, objetos decorativos e um núcleo de arte sacra. Já o MAB, instalado em armazéns no bairro portuário de Jaraguá, conserva um variado acervo de objetos artísticos, com ênfase na arte alagoana e nordestina.
Recentemente restaurada, a Casa Jorge de Lima, atual sede da Academia Alagoana de Letras, propõe um roteiro pela obra e a história do poeta alagoano (1893-1953). A casa apresenta exposições permanentes, como os versos ilustrados de Rio São Francisco e Acendedor de Lampiões, e a mostra O mundo de Jorge de Lima, que conta a vida do escritor detalhada em linha cronológica.
Cultura afro-brasileira
Em Salvador, no dia 26, o presidente do Ibram encontra-se com o diretor do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), José Carlos Capinan. O Ministério da Cultura (MinC) tem interesse na federalização do museu, que passaria a integrar a rede de museus Ibram.
“Estamos atuando no Muncab em parceria com a Petrobras”, explica Angelo Oswaldo. “Ocupando dois antigos prédios, que abrigavam secretarias de estado da Bahia, o Muncab certamente irá se constituir como um espaço de cultura, educação, cidadania e turismo não só para Salvador mas para todo o Brasil”.
Segundo o diretor do museu, as obras caminham a bom passo: após a atualização do projeto arquitetônico do Muncab, várias melhorias têm sido feitas – do sistema elétrico a acessibilidade.
“Iniciamos também a urbanização do entorno do museu, o que já nos rendeu uma boa receptividade da população”, conta Capinan. No dia 27, o museu vai inaugurar um painel esculpido em ferro (gradil), realizado pelo artista J.Cunha, denominado Histórias de Ogum.
Além do encontro no Muncab, uma visita ao Museu Afro-Brasileiro (Mafro) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) também deve acontecer no dia 26. Localizado no Pelourinho, o museu possui um acervo com mais de mil peças de cultura material africana e afro-brasileira e tem papel relevante na divulgação e preservação dessas matrizes culturais. Saiba mais.
Texto: Ascom/Ibram
Foto 1: Secult Alagoas/divulgação
Foto 2: Roberto Abreu/MinC