A Coleção Geyer, doada ao Museu Imperial/Ibram pelo casal Maria Cecília e Paulo Fontainha Geyer, em 1999, teve seu tombamento aprovado hoje (4), no segundo dia da 77ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural em Brasília (DF).
A coleção reúne livros, álbuns, pinturas, gravuras, litografias, desenhos, mapas e demais objetos de arte reunidos durante 40 anos, totalizando 4.255 obras.
Com o falecimento dos doadores, o Museu Imperial, que fica em Petrópolis (RJ), assumiu a coleção e a edificação que a abriga, em uma área de 12 mil m², localizada no bairro do Cosme Velho, na capital fluminense. A casa, que deverá ser aberta ao público em 2015, será uma subunidade do Museu Imperial.
O objetivo maior, cumprindo assim o desejo do casal Geyer, é tornar o espaço aberto ao público, dando aos visitantes acesso a imagens do Rio real e imperial, seus logradouros, gente e natureza.
Memória nacional
São 1.120 itens iconográficos, produzidos por artistas de várias nacionalidades, e 2.590 livros que enfatizam registros de viajantes e cronistas em terras brasileiras durante o século XIX.
Dentre os itens de arte decorativa, o total de objetos chega a 466, estão cerca de 200 pinhas de cristal e vidro, móveis de madeira, em miniatura, trabalhados em marfim e a lanterna de prata que adornava a carruagem cerimonial de d. Pedro II, fazendo do conjunto referência nacional.
Para o diretor do Museu Imperial, Maurício Ferreira, ” a Coleção Geyer representa um fenômeno singular na história do colecionismo nacional. É o resultado de uma meticulosa atividade de identificação, localização e captura de objetos de arte conduzida pelo gosto privilegiado de apreciadores das belas artes”, afirma.
A doação de natureza cultural rendeu ao casal Geyer o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1999.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, ligado ao Iphan, avalia processos de tombamento e registro de bens culturais materiais e imateriais, sendo formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia, com um total de 23 conselheiros. O Ibram está representado no conselho pelo seu presidente, Angelo Oswaldo.
Leia mais sobre a reunião do conselho, que aconteceu na sede do Iphan em Brasília, e conheça o Museu Imperial em Petrópolis.
Texto e foto: Divulgação Museu Imperial
Edição: Ascom/Ibram