A 1ª Reunião da Mesa Técnica Ibermuseus de sua nova linha de ação Sustentabilidade das Instituições e de Processos Museais Ibero-Americanos terminou ontem (24), com a definição de um planejamento estratégico.
Coordenada pelo Brasil, com a participação de representantes do Chile, Colômbia, Espanha e Uruguai, o encontro aconteceu na sede do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em Brasília (DF), entre os dias 22 e 24. Confira como foi o seminário de abertura.
A iniciativa tem o objetivo principal de promover projetos e iniciativas que auxiliem instituições e processos museológicos na formulação de novos modelos de gestão sustentável.
Desta forma, pretende-se que tais empreendimentos sejam capazes de fomentar continuamente o desenvolvimento local, compreendendo as dimensões social, cultural, econômica e ambiental.
Dimensão econômica
De acordo com o presidente do Programa Ibermuseus, e também presidente do Ibram, Carlos Roberto Brandão, acredita que mesmo que os países da região sofram eventuais problemas econômicos, os museus devem ser independentes.
“Nossa missão não pode ser afetada e por isso, a sustentabilidade econômica dos museus torna-se um fator necessário”, disse, na abertura da reunião, ao abordar a dimensão econômica da linha de ação.
Em congruência com a análise de Brandão, durante três dias, integrantes da mesa e a assessoria dos organismos parceiros do Programa, como a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid) e a Secretaria Geral Ibero-Americana (Segib), trabalharam na elaboração do planejamento estratégico da linha de Sustentabilidade e suas ações a curto, médio e longo prazo.
O encontro foi realizado em parceria com o Ibram e viabilizado pelo Programa de Capacitação para o Desenvolvimento no Setor Cultural (Acerca), financiado pela Cooperação Espanhola e com a colaboração da Fundação Internacional para a Ibero-América de Administração e Políticas Públicas (FIIAPP).
Confira abaixo o resultado do planejamento estratégico para a linha de ação, que prevê três eixos de atuação e suas respectivas ações:
Eixo 1 – Pesquisa
a) Definição de marco conceitual comum;
b) Mapeamento e diagnóstico, por meio da contratação de consultoria técnica especializada, dos levantamentos elaborados pelo Observatório Ibero-Americano de Museus (OIM) e demais iniciativas de instituições governamentais, em sustentabilidade no âmbito ibero-americano;
c) Elaboração e execução de projetos de pesquisa, por meio de cooperações técnico-científicas em diálogo bilateral ou multilateral.
Eixo 2 – Ação
a) Elaboração de marco lógico;
b) Realização de iniciativas, tais como seminários, oficinas e encontros sobre Sustentabilidade das Instituições e Processos Museais Ibero-Americanos;
c) Estabelecimento de indicadores de sustentabilidade;
d) Capacitação em gestão sustentável em alinhamento com a Linha de Ação de Formação e Capacitação do Programa Ibermuseus;
e) Desenvolvimento de experiências sustentáveis em museus ibero-americanos no âmbito das quatro dimensões da sustentabilidade, a partir de critérios pré-definidos;
f) Mapeamento de boas práticas de gestão sustentável nas Instituições e Processos Museais Ibero-Americanos;
Eixo 3 – Promoção
a) Reconhecer e difundir boas práticas de gestão sustentável nas instituições e processos museais ibero-americanos;
b) Promover intercâmbio entre gestores, técnicos e agentes culturais do campo museal ibero-americano para aperfeiçoamento de práticas em gestão sustentável;
c) Difundir, por meio de publicações, os resultados das ações em sustentabilidade.
d) Promover a criação e o fortalecimento de redes e organizações regionais ibero-americanas, com ênfase em sustentabilidade e inovação, com o apoio da mesa técnica e da consultoria especializada contratada para a realização da etapa de mapeamento e diagnóstico.
Saiba mais sobre o Programa Ibermuseus.
Texto: Divulgação Ibermuseus
Foto: Ascom/Ibram