A partir de hoje (8), três mil anos de moda mundial estão reunidos na maior exposição virtual de estilo já realizada. O projeto We Wear Culture (“Nós Vestimos Cultura”, em inglês), desenvolvido pelo Google Arts & Culture, é fruto de colaboração com mais de 180 instituições culturais em 42 países.
O Museu Imperial, que integra a rede do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), é uma das 11 instituições brasileiras que contribuem com o projeto ao disponibilizar o traje e as insígnias usados por d. Pedro II (1825-1891) em sua coroação como imperador – peças que despertam curiosidade e fascínio entre os visitantes do museu.
“Falar sobre o traje usado por d. Pedro II em sua coroação, antes de mais nada, é falar sobre como a indumentária é o atributo de quem o veste: ele não foge a nenhuma regra simbólica presente no século XIX”, explica Muna Durans, coordenadora do projeto de digitalização do Museu Imperial.
Além do design de moda, as peças que compõem o traje majestático “são símbolos de poder e de afirmação do país recém-independente, que buscava lugar e respeito entre os grandes e tradicionais reinos existentes na Europa do século XIX”, reforça. Saiba mais sobre o Museu Imperial.
Realidade virtual
Em meio a mais de 400 exposições e histórias do projeto We Wear Culture, que envolvem 30 mil fotos, vídeos e outros documentos, foram também desenvolvidos filmes de realidade virtual que podem ser vistos tanto no YouTube quanto com um visor de realidade virtual.
Para Alessandro Germano, diretor de parcerias estratégicas do Google para a América Latina, as exposições retratam histórias por trás do que nós usamos. “O que você veste é cultura de verdade e, no mais das vezes, é mais do que uma obra de arte”, acredita.
A exposição completa We Wear Culture está disponível online pelo aplicativo do Google Arts & Culture para dispositivos móveis iOS e Android.
Acervos online
Desde o dia 30 de maio, também estão disponíveis na plataforma Google Arts & Culture 1,3 mil peças dos acervos de cinco museus que compõem a rede Ibram: Museu Lasar Segall (SP), Museu Histórico Nacional, Museus Castro Maya, Museu Nacional de Belas Artes e Museu Imperial (RJ).
Nesta primeira fase, mais de 450 obras desses objetos foram capturadas com a Art Camera – câmera que digitaliza em alta resolução (gigapixels) e revela detalhes de obras e objetos que passariam despercebidos a olho a nu. Também é possível passear pelos museus do Ibram graças à tecnologia Google Street View.
A digitalização, resultado da parceria entre Ibram e Google, tem como objetivo promover os museus brasileiros e seus acervos, democratizando o acesso ao vasto patrimônio que as instituições preservam.
Texto: Ascom/Ibram
Foto: Museu Imperial/Divulgação
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