Em visita à Academia Brasileira de Música (ABM), na última sexta-feira (17), a recém-empossada diretora do Museu Villa Lobos, Claudia Castro, recebeu das mãos do presidente daquela instituição, André Cardoso, a doação de sete partituras do compositor recentemente revistas e editoradas pelo Banco de Partituras de Música Brasileira.
As partituras doadas são referentes às obras “Coleção Brasileira”, “Miniaturas”, “Historietas”, “Sinfonia Nº 10”, “Epigramas Irônicos e Sentimentais”, “Bachianas Brasileiras Nº 9” e “Alvorada na Floresta Tropical”. À exceção das duas últimas, são as primeiras publicações dessas obras – que, a partir de agora, encontram-se à disposição do público para consulta na biblioteca do museu, situado no Rio de Janeiro (RJ).
A Academia Brasileira de Música, que é herdeira de Villa-Lobos e detém 100% dos direitos do compositor, é responsável pelas editorações eletrônicas e publicação de suas partituras. “Neste sentido o Museu Villa-Lobos, como responsável pela guarda dos originais do compositor, tem um papel fundamental, fornecendo à ABM reproduções desse acervo – às vezes, além das partituras finais, esboços e rascunhos das obras”, explica Marcelo Rodolfo Lopes Ramalho, consultor musical do museu.
O acervo
O Museu Villa-Lobos, que integra a rede Ibram, é responsável pela coleta, manutenção, preservação, estudo e divulgação de milhares de itens que atestam, testemunham e ilustram a vida e a obra do compositor brasileiro (1887-1959). Seu acervo conta com 2,3 mil partituras de Villa-Lobos, entre manuscritos originais, impressos e reproduções (cópias xerox, fotostáticas, heliográficas e outras) que suprem a ausência de originais.
Além das partituras, o museu preserva livros, folhetos, teses, monografias, separatas, cadernos, anais, periódicos e hemeroteca; correspondências e outros documentos textuais de Heitor Villa-Lobos; seu arquivo sonoro e audiovisual; programas e cartazes de concerto; e fotografias do maior expoente do modernismo musical brasileiro.