Ibram manifesta pesar por falecimento da gestora cultural Lilian Barreto

publicado: 02/03/2018 13h05,
última modificação: 02/03/2018 13h10

Por seus relevantes serviços à frente do Museu da República, do qual foi diretora (1983-1989), Lilian Barreto foi agraciada em 2010 com a medalha comemorativa do cinquentenário da instituição.
Por seus relevantes serviços como diretora do Museu da República (1983-1989), Lilian Barreto foi agraciada em 2010 com a medalha comemorativa do cinquentenário da instituição.

Faleceu no final da última quinta-feira (1º), no Rio de Janeiro (RJ), a historiadora da arte e gestora cultural Lilian Barreto. Sua trajetória de décadas nas áreas da Educação e Cultura, com relevante contribuição reconhecida por onde passou, incluiu marcante atuação como diretora do Museu da República, vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que manifesta pesar pelo seu falecimento.

Formada em História da Arte pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diplomada em cursos de arte decorativa na França, Lilian Barreto foi professora da Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); idealizadora de programas culturais para o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral); e coordenadora adjunta do Programa Nacional de Museus da Fundação Nacional Pró-Memória, tendo atuado na Fundação Casa de Rui Barbosa e Biblioteca Nacional, ambas vinculadas ao Ministério da Cultura (MinC).

Em 1983, quando o Museu da República (até então vinculado ao Museu Histórico Nacional) ganhou autonomia administrativa, tornou-se a primeira diretora da instituição nesta nova fase, ocupando o cargo até 1989. Sua gestão foi marcada pela restauração integral do Palácio do Catete, além de reestruturação administrativa e técnica do museu.

Podem ser destacados como alguns frutos deste período a criação do Centro de Estudos de História da República e o desenvolvimento de projetos educativos que tinham por objetivo a aproximação da comunidade com o museu. Por seus relevantes serviços à frente da instituição, Lilian foi agraciada em 2010 com a medalha comemorativa do cinquentenário do Museu da República.

Na década de 1990, Lilian voltou a residir em Nova Friburgo, cidade onde passou sua infância e juventude – e que, como costumava dizer, só não era seu berço natal porque sua mãe entrara em trabalho de parto durante a descida da serra. Desde 2010, estava à frente do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Nova Friburgo, e trabalhava atualmente no desenvolvimento do projeto de comemoração dos 200 anos da cidade.

O velório será realizado a partir das 13h deste sábado (3) no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro (RJ). O sepultamento ocorrerá às 16h.