Aconteceu na última semana, na sede do Ibram, em Brasília, o primeiro seminário de qualificação dos consultores locais dos Pontos de Memória. Lugares, saberes, objetos e histórias que trazem à tona lembranças que fortalecem a identidade, a auto-estima e os vínculos comunitários foram o mote do encontro.
Além do intercâmbio de experiências, o encontro iniciou a discussão sobre inventário participativo e concepção museográfica, que serão as próximas etapas a serem desenvolvidas pelos Pontos de Memória.
Para trabalhar a parte prática, o grupo se reuniu no Museu Vivo da Memória Candanga, onde discutiram narrativas museológicas e participaram de dinâmicas sobre como inventariar objetos e desenvolver roteiros de história oral.
Os consultores também conheceram a experiência da exposição do Ponto de Memória da Estrutural, desde sua concepção, montagem às ações realizadas junto à comunidade.
“Nos sentimos retratados. Nos identificamos com a realidade de luta, com o processo de organização comunitária. Muda o endereço, mas continuam as negligências. Temos de usar a memória como ferramenta de garantia de direitos”, enfatizou Adriano de Almeida, do Ponto de Memória do Grande Bom Jardim, em Fortaleza – CE, após o relato das experiências da Estrutural.
No fechamento, o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), José do Nascimento Junior, falou sobre a ampliação do conceito e universo dos pontos de memória, por meio do Edital, a ser lançado este ano. “Os pontos de memória são irradiadores de processos em seus estados e entorno. O objetivo agora é expandir para outros grupos sociais, culturais, étnicos, de todo o país.”
Fonte: Ascom