O Museu do Homem do Nordeste transferiu simbolicamente a sua sede para o município de Itabuna (BA), em 24 de abril, na casa de culto de matriz africana histórica no Sul da Bahia – o Ilê Axé Ijexá Orixá Olufon – com o propósito se socializar com a comunidade do terreiro o exercício de sua atividade fim: a representação da riqueza e da diversidade da Cultura Nordestina.
A exposição, que permanecerá dois meses no terreiro, conta com oito baneres tipo estandartes e 12 painéis, que dão uma mostra da diversidade do acervo do Museu do Homem do Nordeste, percorrendo os módulos do circuito expositivo como ele se apresenta in loco. Com isso, o Museu cumpre com o prescrito pelo Estatuto Nacional de Museus, de acordo com o qual os museus brasileiros devem se transformar em agentes ativos de inclusão e coesão sociais, além de observar a sua missão de difundir o patrimônio material e imaterial da região.
Estiveram presentes na inauguração do Museu, além das autoridades civis locais e as autoridades religiosas, representadas pelos mais antigos Babalorixás e Ialorixás do Sul da Bahia – cuja a presença conferiu, ainda, maior legitimidade ao evento – , representantes, da Universidade Estadual de Santa Cruz, da Prefeitura de Itabuna, da Secretária de Cultura do Estado da Bahia e do Instituto Brasileiro de Museus. A repercussão do evento atingiu as ruas e, de Itabuna à Salvador, a comunidade religiosa afrodescendente comemora a chegada do Museu do Homem do Nordeste à Bahia, tendo à frente a Diretora de Documentação da Fundaj, Dra. Rita de Cássia Araújo; a Coordenadora Geral do Muhne, Vânia Brayner; as demais coordenadoras, Maria Fernanda Oliveira, Silvana Araújo e Silvia Brasileiro e; bem como a antropóloga Ciema Melo, pesquisadora do Museu do Homem do Nordeste.
Itabuna é a primeira estação da itinerância do Museu através dos nove Estados da região. Daí o título do projeto, Museu Múltiplo, pois, o Museu sai de casa, sai de Recife, para retornar multiplicado, trazendo na bagagem a experiência – viva – dos seus representados.