Neste sábado (7), o Museu Imperial/Instituto Brasileiro de Museus inaugura a mostra “D.Maria da Glória: princesa nos trópicos, rainha da Europa”. Embora pouco conhecida pelos brasileiros, ofuscada pela popularidade de seu irmão mais novo, d. Pedro II, D. Maria da Glória é protagonista de uma vida fascinante e dura, repleta de traições e desafios, e que durou apenas 34 anos.
Nesse tempo, foi proclamada rainha de Portugal aos sete anos, casou-se por três vezes com maridos que não escolheu e sobreviveu a dez gravidezes, falecendo no 11º parto. Sua função era “parir herdeiros”, dizia ela. A narrativa envolvente começou há exatos dois séculos, bicentenário celebrado por meio de pinturas, gravuras, litografias, documentos e objetos diversos expostos em quatro salas do Palácio Imperial de Petrópolis (RJ).
O público poderá apreciar de perto peças como os leques comemorativos do nascimento e batismo de D. Maria da Glória, e algumas das cartas que a monarca enviava ao seu “mano” – como carinhosamente chamava seu irmão caçula, d. Pedro de Alcântara –, sobre assuntos familiares, que ficam guardadas na reserva técnica do Museu Imperial.
Apesar do papel coadjuvante deste lado do Atlântico, do lado europeu d. Maria da Glória protagonizava uma espécie de “Game of Thrones” lusitano, tendo que, ainda criança e com a ajuda do pai, recuperar o trono usurpado pelo seu primeiro marido e tio, d. Miguel. Como governante, d. Maria II ficou conhecida entre os portugueses como grande incentivadora da educação e das artes no país. De hábitos simples, ela gostava de caminhar por Lisboa com os filhos, interagindo com outras mães e crianças.
Além do Museu Imperial, outras instituições, como o Museu Nacional de Belas Artes/Ibram, a Fundação Biblioteca Nacional e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro ajudaram a compor a mostra, cedendo itens de suas coleções históricas e artísticas.
O Museu Imperial funciona de terça a domingo, das 10h30 às 18h.
Texto: Ascom/Museu Imperial
Edição: Ascom/Ibram