Museu de Arte Sacra comemora 50 anos
Nesta sexta-feira (4), o Museu de Arte Sacra da Boa Morte comemora os 50 anos de sua criação. Para celebrar, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) prepara uma série de ações voltadas para a preservação e popularização do Museu de Arte Sacra da Boa Morte. Entre elas, o lançamento do website, a digitalização do acervo para disponibilização online, a atualização do Plano Museológico e o Plano de Gerenciamento de Riscos da instituição.
Nos próximos meses, a equipe do Museu iniciará a restauração e higienização das obras do Veiga Valle, e a porta central do Museu será aberta, o que facilitará a visitação do público. Além disso, está sendo formatada uma nova expografia para o espaço e a comunidade terá acesso a peças nunca antes expostas, como os oito registros materiais das peças que sobreviveram ao incêndio de 1921, da antiga Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte.
Em 2018, o Museu de Arte Sacra da Boa Morte recebeu um público recorde de 13.744 visitantes e, até setembro de 2019, o Museu já foi visitado por 12.912 pessoas, tornando-o em um dos museus mais visitados da Cidade de Goiás. Nos últimos 12 meses, o Ibram investiu R$ 392.303,00 (Trezentos e noventa e dois mil com trezentos e três reais) na instituição, utilizado para a remuneração dos colaboradores, pagamento de água, luz, telefone, bem como, para a dedetização, revisão elétrica, manutenção e prevenção de riscos, incêndios e pânico.
Reafirmando a sua importância para Goiás, o Museu de Arte Sacra da Boa Morte conta com um corpo técnico composto por 14 profissionais formados em Museologia, História, Administração, Artes e Arquivologia, que desenvolvem ações voltadas para o público escolar, a comunidade local e os turistas que visitam a Cidade de Goiás, Patrimônio Cultural da Humanidade. Em julho deste ano, o Museu recebeu o certificado de conformidade do Corpo de Bombeiros.
Histórico
O Museu de Arte Sacra da Boa Morte está localizado no centro histórico de Goiás e é gerido pelo Instituto Brasileiro de Museus – Ibram. No seu passado, o edifício, inicialmente, foi construído para abrigar uma Igreja para Santo Antônio de Pádua em 1779. Devido a proibição real de edificações religiosas pertencentes a militares, foi doada à Confraria dos Homens Pardos da Boa Morte que em 1792 concluiu a edificação em homenagem a Nossa Senhora da Boa Morte. O edifício é único na cidade, por conter características barrocas. Foi tombado pelo Iphan em 1951 e ganhou a função de Museu em 1969.
Em 22 de dezembro de 1968, a convite de Dom Tomaz, foi realizada no Salão Nobre da Cúria a primeira reunião para tratar da criação oficial do novo museu, discutindo-se o nome que lhe seria dado, a sua montagem e a formação do Conselho que o representaria. Estiveram presentes Dom Tomaz Balduíno, Monsenhor Angelino Fernandes Fernandes, Frei Simão Dorvi, Profª Regina Lacerda, Profª Goiandira do Couto, Sra. Antolinda Baia Borges e Sr. Elder Camargo Passos.
Após diversas reuniões, ficou decidido que o Museu seria aberto oficialmente no dia 04 de outubro de 1969, durante a festa de Nossa Senhora do Rosário. A curadoria da exposição foi montada pela Profª Goiandira do Couto, artista plástica e membro do Conselho do Museu. Ficaram responsáveis também pela abertura do Museu e atendimento ao público Elder Passos e Antolinda Borges.
Seu acervo é constituído por mais de 900 peças. Entre elas, artes sacras e objetos religiosos e indumentária. Destaca-se as peças de arte sacra feitas por José Joaquim da Veiga Valle, um dos maiores santeiros do Brasil produtor das mais belas imagens sacras do país.
Destaca-se a importância deste Museu para a cidade, uma vez que ele está inserido nas principais atividades culturais do município. É de suas portas que anualmente, na quarta-feira santa (Semana Santa), sai a procissão do Fogaréu. Há ainda as procissões e outros eventos culturais/religiosos que utilizam do acervo do Museu para ocorrer, mostrando assim, a relevância deste museu para a comunidade.
Em 2009 foi incorporada à estrutura administrativa do Instituto Brasileiro de Museus. Como resultado o Ibram passou a investir e gerir o espaço museológico, possibilitando um quadro efetivo de profissionais para garantir a preservação e difusão dos bens culturais musealizados. Nesse período, foram realizadas ações emergências de restauração, acondicionamento, documentação e inventário do acervo.
SERVIÇO
O Museu de Arte Sacra da Boa Morte é aberto ao público de terça a sábado das 8:00 às 17:00 horas e domingo e feriados 8:00 às 12:00 horas. Seu ingresso é de R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia), estudantes, idosos e moradores da cidade são isentos.