“Primeira Missa” de Portinari será exposta na Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea, no MNBA

publicado: 08/08/2019 17h03,
última modificação: 24/01/2020 17h10

O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram) irá expor, a partir de setembro, na Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea, o quadro “A Primeira Missa no Brasil”, de Candido Portinari (1903-1962). A obra ocupará a mesma parede onde antes ficava a pintura Navio Negreiro (de Di Cavalcanti), que deixou de ser exibida no MNBA esta semana.

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“Primeira Missa” de Candido Portinari, exposta na Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea, no MNBA

Pintada em 1948, período de exílio do pintor na capital uruguaia, Montevidéu, o quadro mede 217 x 501 cm. O painel representando a primeira missa realizada no Brasil, foi encomendado a Cândido Portinari por Thomaz Oscar Pinto da Cunha Saavedra (Lisboa, 1890 – Rio de Janeiro, 1956), 5º Barão de Saavedra, para decorar a sobreloja da sede do então Banco Boavista, no Rio de Janeiro.

Em fins de 1947, por motivos políticos – Portinari integrou o Partido Comunista do Brasil -, o pintor exilara-se, voluntariamente, no Uruguai, país natal da sua esposa Maria. No ano seguinte, Portinari concluiu a pintura do mural, sendo este exposto, pela primeira vez, em abril de 1948, no famoso Teatro Solis, da capital uruguaia.

Em 2012, a monumental pintura foi comprada pelo Instituto Brasileiro de Museus por R$ 5 milhões e transferida para o acervo do Museu Nacional de Belas Artes. A obra “A Primeira Missa no Brasil” será transferida da exposição Poemas de Portinari, na sala Chaves Pinheiro, no 2º andar do MNBA, onde era ladeada a outras do artista.

Fechamento temporário da Galeria

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“Navio negreiro” (1961), de autoria de Di Cavalcanti

A Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea, do Museu Nacional de Belas Artes, para a retirada do quadro “Navio negreiro” (1961), de autoria de Di Cavalcanti, que vai retornar para seu proprietário, o banco J. P. Morgan, com sede em São Paulo.

Medindo 400 x 600 cm, a obra foi emprestada em comodato ao MNBA em 1993. Agora começa um complexo trabalho envolvendo a retirada, embalagem, devolução e transporte da pintura. Por conta disso, a Galeria ficará fechada temporariamente até o fim de agosto.