Neste domingo (12), o Museu do Diamante/ Ibram completa 66 anos de criação. Inaugurado em 12 de abril de 1954, o prédio do museu foi construído em 1749 e serviu como residência do inconfidente Padre José de Oliveira e Silva Rolim, um dos principais nomes na chamada Conjuração Mineira de 1789. O imóvel permaneceu em mãos de particulares até 1945 quando foi desapropriado pela União.
Diante da necessidade de redução do risco de contágio da população ao coronavírus (Covid-19), o museu realizou medidas, dentre as quais o cancelamento dos eventos presenciais agendados para os meses de março e abril, inclusive o de comemoração ao aniversário do museu, e a suspensão de atendimento ao público.
“Em tempos de teletrabalho, nós, do Museu do Diamante, tivemos que nos reiventar e reconfigurar nossas ações para o público. As redes sociais passaram a ser a plataforma para nossas atividades. Começamos com as ações voltadas para a celebração do mês da mulher, que seriam concretizadas por atividades socioculturais no museu, assim, a Divisão Técnica retrabalhou o material e elaborou uma série de postagens sobre randes mulheres da história”, esclareceu a diretora do museu, Sandra Martins Farias.
Segundo a diretora, para comemorar o aniversário do museu, publicações sobre o Padre Rolim, que foi dono do casarão setecentista que hoje abriga a unidade museológica, foram divulgadas, assim como postagens sobre a criação do museu com destaque para o contexto da política de preservação do patrimônio cultural brasileiro e para as condições que propiciaram sua implantação.
Farias lembrou, também, que em virtude do cancelamento da 18ª Semana Nacional de Museus (18ª SNM), a equipe da unidade museológica segue trabalhando sem perder o foco do tema da SNM: Museus para a Igualdade, a Diversidade e a Inclusão. “Em maio, teremos mais novidades criativas e engajadas nas redes sociais”, destacou.
Em tempos de isolamento social, o museu tem contribuído para o combate ao Covid 19 ao incentivar as pessoas a ficarem em casa por meio da rede social. “Entendemos que o museu tem importante papel social e deve atuar de forma positiva em seu meio. Os museus fazem parte de uma comunidade e suas ações procuram potencializar a cultura na qual estão inseridos, ao mesmo tempo em que procuram promover compreensão e respeito às diferentes caracaterísticas culturais dos grupos sociais”, concluiu.
De acordo com Sandra, os museus se colocam em uma perspectiva de atuarem como estímulo à percepção da importância da existência de aspectos que, simultaneamente, distinguem e unificam as culturas.
Memória da era diamantífera e aurífera
O acervo do museu reúne itens de arte sacra, mobiliário, armaria, transporte, indumentária, tecelagem, mineração e outros objetos, que revelam como se deu a ocupação da região e explicitam a influência histórica da extração de diamantes na economia e no meio social do antigo Distrito de Diamantina e de outras regiões do país.
O museu tem como missão a promoção da história e da memória da indústria da mineração diamantífera e aurífera, por meio da sua influência na conformação urbana, social e cultural de Diamantina e de outras regiões do país, além de estimular a pesquisa, a arte, a cultura e a educação, priorizando a universalidade do acesso dos cidadãos aos bens culturais musealizados que compõem os seus acervos.
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