O Instituto Brasileiro de Museus lamenta o falecimento da museóloga Lygia Martins Costa, no último sábado, 11 de julho, aos 105 anos.
Pioneira do campo museal no Brasil, Lygia formou-se no curso técnico de Museus do Museu Histórico Nacional (MHN) em 1939, embrião do primeiro curso de Museologia do Brasil, que ela ajudou a criar na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Recém-formada, foi aprovada em um concurso público para o cargo de conservadora do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) em 1940, onde atuou até 1952.
Em 1948, teve participação fundamental na implantação do Conselho Internacional de Museus (Icom) Brasil. Foi a idealizadora do Curso de Museologia de Brasília, na Universidade de Brasília (UnB), onde atuou como professora convidada entre 1962 e 1963.
Representou o Brasil na histórica Mesa Redonda de Santiago, realizada em 1972, que consagrou as teses da Museologia Social.
Servidora do IPHAN, foi autora de textos de referência sobre Aleijadinho, Artes, Patrimônio, Museologia e Museus Regionais.
Em mais de 50 anos de dedicação ao patrimônio e aos museus, prestou muitos serviços à Cultura do país e ajudou a formar gerações.