A Museologia brasileira perdeu, no último dia 23 de agosto, uma de suas mais ilustres profissionais. Trata-se da Profª. Therezinha de Moraes Sarmento, que se destacou, dentre outras, pela luta incansável a favor da regulamentação da profissão de museólogo, conquistada em 1984.
A profª Therezinha Sarmento graduou-se pela turma de 1958 e foi professora do Curso de Museologia (atual Escola de Museologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) entre 1968 a 1993. Ainda na UNIRIO ocupou a chefia do Departamento de Estudos e Processos Museológicos de 1975 a 1978, e a coordenação do Curso de Museologia, de 1988-89. Com a criação da Escola de Museologia, tornou-se sua primeira diretora, entre 1989-92. Foi Vice-Decana e Decana do Centro de Ciências Humanas e Sociais da UNIRIO, entre 1988-89. Foi sócia-fundadora (1963) e Presidente (1979-82) da Associação Brasileira de Museologia.
A longa atividade profissional da profª Therezinha Sarmento inclui, ainda, a atuação no Museu da República no início de sua instalação, onde foi, posteriormente, Chefe da Seção de Pesquisa (1977-82). Orientou na classificação e catalogação de acervos em inúmeros museus e instituições culturais de todo o país, como o Museu Villa-Lobos, o Palácio das Laranjeiras, o Museu Naval e Oceanográfico, o Museu da Escola Naval, a Fundação Casa de Rui Barbosa, o Palácio Rio Negro, a Ordem Terceira do Carmo – RJ, a Casa de Benjamin Constant, o Museu Histórico do Estado do Rio de Janeiro, o Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, o Museu do Cacau, o Museu da Caixa Econômica Federal – DF, o Museu Regional de São João del Rey, o Museu do Estado do Pará, dentre vários outros. Implantou o Museu da Irmandade da Candelária (1972-73) e reformulou o Museu Mariano Procópio de Juiz de Fora (1982-83) e o Museu da Irmandade da Glória do Outeiro (1982-85).
A Missa de Sétimo Dia da Profª. Therezinha de Moraes Sarmento será na próxima quarta-feira, 29 de agosto, às 11:00h, na Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro.