Acervo do Museu Regional de São João del Rei está disponível online

publicado: 07/02/2020 15h17,
última modificação: 18/02/2020 10h39

Nesta sexta-feira (07), o Museu Regional de São João del Rei (MRSJR/Ibram) disponibiliza gratuitamente todo o seu acervo museológico em uma plataforma online. O inventário com informações e fotos do acervo do museu passa a ser acessível por meio da plataforma Tainacan, no website da instituição.

Com dados completos sobre a coleção, as fichas catalográficas possuem informações detalhadas, como período, autoria, origem, matéria prima, informações de restauro, histórico e descrições – além de fotografias de variados ângulos, algumas em alta resolução.

Dentre as 30 unidades do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o Museu Regional é o 13º a aderir ao projeto, se adequando assim à Resolução Normativa nº 2, de 2014, que faz parte da Política Nacional de Museus.

Inicialmente, o público terá acesso a 376 objetos, mas segundo o diretor substituto da instituição, Diego Felipe Garcia, este inventário online é apenas o primeiro passo do projeto. “Além do acervo museológico, a nossa intenção é disponibilizar também todo o acervo arquivístico com documentos e fotografias da região. Além de atualizar todas as fichas com fotos em alta qualidade.”

O acervo do MRSJR é composto por 484 objetos que reúnem aspectos políticos, sociais, artísticos e históricos que compõem, de forma geral, a identidade do povo mineiro e o contexto de formação do Estado. Reunido entre 1956 e 1963, o acervo possui uma variedade significativa de peças, que ilustram o cotidiano mineiro do século XVII ao início do século XX.

Há uma semana, o Museu Regional iniciou a segunda parte de serviços de infraestrutura. O novo trabalho tem como objetivo a execução dos seguintes projetos: elétrico, luminotécnico, sonorização, SPDA (sistema de proteção contra descargas atmosféricas) e telecomunicações. A previsão de término dos trabalhos é o segundo semestre de 2020.

Tainacan

A plataforma Tainacan é uma ferramenta digital voltada ao registro e divulgação de coleções museológicas. Desenvolvida pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), o projeto tem como objetivo atender as necessidades de inventário e catalogação de acervos, bem como sua divulgação na internet.

Atualmente, 12 museus do Ibram disponibilizam seus utilizando a plataforma e até o final deste ano, outros sete museus Ibram estarão com suas coleções na rede mundial de computadores. 

A plataforma Tainacan foi objeto de pesquisa do Curso de Museologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A estudante Mônica Brogliatti Rocha, orientada pela professora doutora Renata Cardozo Padilha, analisou o AtoM e a plataforma Tainacan para escolher o melhor sistema digital para a documentação do acervo museológico do Núcleo de Estudos Açorianos – NEA, da UFSC.

Mônica Brogliatti Rocha, que também é bibliotecária, já havia utilizado outros softwares mais voltados para bibliotecas, como: Biblivre, Evergreen, Gnuteca, Koha, e PHL, e decidiu fazer o Trabalho de Conclusão do Curso – TCC de sua segunda graduação, com foco na utilização de softwares voltados para os Museus.

A pesquisa foi realizada mediante a aplicação dos critérios de qualidade de software, estabelecidos pela ISO-IEC 9621, e analisou seis características principais: Funcionalidade, Confiabilidade, Usabilidade, Eficiência, Manutenibilidade e Portabilidade, divididas em sub características.  

Os resultados obtidos foram registrados em seu TCC, defendido em 26 de novembro de 2019, disponibilizado no repositório da UFSC.

Em 2019, o curso de Museologia da UFSC aderiu ao sistema para registro dos acervos do curso e das exposições curriculares elaboradas pelos alunos. No mesmo ano, docentes e técnica do curso auxiliaram na organização do evento “Seminário Acervos Culturais na rede: perspectivas para os museus e a Museologia” ocorrido em maio na UFRGS, em parceria também com a UnB, UFPel, Projeto Tainacan e Ibram. Neste ano de 2020, ocorrerá o segundo Seminário na UFSC.