Responsáveis pelo maior acervo de obras de Jean-Baptiste Debret (1768-1848) sobre o Brasil, os museus Castro Maya (Ibram/MinC), do Rio de Janeiro (RJ), têm exposta, desde o dia 6 de outubro, parte de sua coleção na Caixa Cultural de Brasília (DF).
A mostra Debret – Viagem ao Sul do Brasil, que ocupa duas galerias do centro cultural, traz 40 obras, entre desenhos e aquarelas: 30 trabalhos representam as paisagens e costumes das províncias meridionais da década de 1820; outros 10 retratam aspectos da vida na capital da corte. As obras são parte do conjunto de 564 trabalhos do artista francês adquiridos por Raymundo Castro Maya para sua coleção de arte.
Jean-Baptiste Debret chegou ao Brasil em 1816 como integrante da Missão Artística Francesa destinada à constituição de uma Academia Imperial de Belas Artes. Permaneceu no país até 1831.
“Estas imagens, hoje reconhecidas como uma das principais fontes da memória da sociedade brasileira na primeira metade do século XIX, puderam atingir um alcance antes inimaginável principalmente devido ao esforço de Castro Maya em repatriá-las e divulgá-las a partir dos anos 1940”, explica Vera de Alencar, diretora dos Museus Castro Maya, no catálogo da exposição.
Originalmente residências do colecionador Raymundo Ottoni de Castro Maya, o Museu do Açude e Museu da Chácara do Céu, os chamados Museus Castro Maya, foram criados em 1983, quando os imóveis foram incorporados pela União. Ambos são hoje vinculados ao Instituto Brasileiro de Museus.
A mostra Debret – Viagem ao Sul do Brasil, que marca a reabertura da Caixa Cultural em Brasília após reformas, permanece em cartaz até 18 de novembro, de terça-feira a domingo, das 9h às 21h, com entrada franca. Saiba mais sobre a exposição.
Texto: Ascom/Ibram