O Museu Regional Casa dos Ottoni (MRCO/Ibram) lançou, nesta terça-feira (21), o seu site institucional, onde também disponibiliza seu acervo online através da plataforma Tainacan.
Ao todo, são 462 objetos disponíveis para consulta online, entre imagens sacra, mobiliário, utensílios de cozinha, equipamento para extração de minério, pinturas, coleção numismática e documentação pertencente à família Ottoni, além de objetos culturalmente representativos de costumes do estado de Minas Gerais e da manufatura do queijo artesanal que é a tônica da região do Serro, na qual o Museu está edificado.
O Museu Casa dos Ottoni possui um banco de dados de fotografias que vem sendo alimentado desde 2010 e esse arquivo serviu de base para utilização das imagens dos objetos inseridos na plataforma.
Para o diretor do museu, Carlos Alberto Silva Xavier, a ferramenta fomentará e consolidará a imagem da instituição por meio da divulgação contínua de seu acervo, possibilitando a pesquisa promovendo um maior conhecimento da instituição, além de facilitar o monitoramento continuado dos objetos do acervo do MRCO.
O Museu Regional Casa dos Ottoni ocupa uma construção do século XVIII. Sua origem histórica está ligada aos Ottoni, descendentes de um ramo da família do bandeirante paulista Fernão Dias Paes Leme. Criado em 1949, o museu abriga acervo formado, principalmente, por imagens de arte católica (como as imagens de roca que saíam na Procissão de Cinzas e as que pertenceram à demolida igreja de Nossa Senhora da Purificação).
Exposição Acender do Barro
Também nesta terça-feira (21), às 19h30, o Museu Regional Casa dos Ottoni inaugura a exposição fotográfica “Acender do Barro – uma homenagem a Valdete Fernandes”, por Lori Figueiró. Composta de 15 fotografias e de várias bonecas e flores em cerâmica, a exposição fotográfica em homenagem à ceramista Valdete Gomes Fernandes Silva, de Cachoeira do Fanado, Minas Novas, Vale do Jequitinhonha.
Fotógrafo e vídeo-documentarista, Lori Figueiró realiza, desde 1995, ensaios fotográficos sobre o cerrado, sua biodiversidade, seus aspectos geográficos e humanos. Em 2009, iniciou o trabalho de vídeos-documentários sobre a vida no Vale do Jequitinhonha.
Coincidentemente à concepção do projeto “Acender do barro”, foi aprovado pelo Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep) o reconhecimento do artesanato em barro do Vale do Jequitinhonha como patrimônio cultural de natureza imaterial do estado. A mostra homenageará também a comunidade do Jacu, distrito da Cidade de Serro, comunidade reconhecida pelo belo trabalho realizado com a cerâmica.
Ainda sob a ótica do tema da 17ª Semana Nacional de Museus: “Museus como Núcleos Culturais: O Futuro das Tradições”, na abertura da exposição haverá o lançamento do livro homônimo e uma roda de conversa com ceramistas da comunidade Jacú, distrito do Serro.
A Chefe do Escritório Técnico em Serro/MG – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, Larissa Faloni Ferreira, também participará da conversa sobre o reconhecimento da cerâmica como Patrimônio Imaterial no estado de Minas Gerais.