Moradores do Coque, em Recife, estão se articulando para criar o Museu do Mangue, que será gerido e representado pela própria comunidade. O bairro é uma das 12 localidades do país que vem sendo apoiada do Instituto Brasileiro de Museus – Ibram/Ministério da Cultura, por meio do Programa Pontos de Memória, para trabalhar a memória local como ferramenta de valorização da identidade e como forma de revelar os aspectos positivos do bairro.
Como parte das etapas para consolidação do Ponto de Memória do Coque, nesta segunda e terça-feira, 21 e 22 de junho, às 19h, representantes do Ibram vão ministrar a oficina Museu, Memória e Cidadania, a primeira dentre outras que serão oferecidas para o conselho gestor do museu. A oficina acontecerá na Escola Novo Mangue (Av. Central, s/nº, Coque – Recife –PE).
Segundo o morador e um dos articuladores da iniciativa no Coque, Rildo Fernandes, o local onde mora é um ponto turístico que precisa ser revitalizado e ter a sua história contada. “Acredito que com o Museu do Mangue do Coque esse quadro vai mudar para o homem-caranguejo”, enfatiza.
Coque – É uma comunidade localizada na Ilha de Joana Bezerra, próximo a áreas ricas, como o bairro de Boa Viagem e o pólo médico da Ilha do Leite. Seus moradores sofrem o estigma de viverem em um lugar “perigoso”, de “gente violenta”. Dentre outros aspectos, a história do Coque é marcada pela relacão com o mangue e a luta pela terra.
Pontos de Memória: – Pautado na gestão participativa e no protagonismo comunitário, o Programa Pontos de Memória trabalha com o empoderamento social daqueles grupos que ainda não tiveram a oportunidade de contar suas histórias e memórias através dos museus, incentivando a apropriação desse equipamento pelas comunidades, de forma que se sintam representadas. É resultado de parceria do Ibram/MinC, com o Programa Mais Cultura e Cultura Viva, do Ministério da Cultura, Programa Nacional de Segurança com Cidadania – Pronasci, do Ministério da Justiça,e com a Organização dos Estados Ibero-americanos – OEI.