As comemorações pelos 30 anos da regulamentação da profissão de museólogo, que acontece hoje (18), coincidem com o centenário de nascimento de uma mulher pioneira da museologia brasileira: Lygia Martins Costa.
Com mais de 50 anos de dedicação à área museal, Martins Costa formou-se em 1939 pelo pioneiro curso de museus do Museu Histórico Nacional (MHN). Trabalhou no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A museóloga teve participação fundamental na implantação do Conselho Internacional de Museus (Icom) Brasil, em 1948, e representou o país na histórica Mesa Redonda de Santiago, realizada em 1972, que consagrou as teses da Museologia Social.
O reconhecimento pelo seu papel relevante para a museologia brasileira é alvo de homenagem em cerimônia que o Conselho Federal de Museologia (Cofem) realiza hoje no Rio de Janeiro.
Lygia Costa estará presente ao evento, no qual será exibido o vídeo Lygia Martins Costa: 100 anos de vida e trabalho, realizado por Raquel Villagram.
Razão e sensibilidade
O presidente do Ibram, Angelo Oswaldo, expressou seu reconhecimento à museóloga, encaminhando um “aplauso afetuoso” àquela que definiu como “notável intelectual, investigadora científica e historiadora da arte” e com quem trabalhou quando presidiu o Iphan na década de 1980.
“Aprendi a respeitar e admirar sua inteligência e a sensibilidade com que dedicou esplêndidos estudos à obra do entalhador português Francisco Xavier de Brito e ao legado de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho”, acrescenta. Nossos museus muito se beneficiam de seu conhecimento e de sua douta orientação”, registrou.
Texto: Ascom/Ibram
Foto: Divulgação
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