O Museu Villa-Lobos/Ibram, no Rio de Janeiro (RJ), está como uma exposição concebida especialmente para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – que ocorreu no final de julho na cidade. A exposição poderá ser visitada até 30 de setembro. Saiba como chegar ao museu.
A Ceia brasileira de Ismailovitch – homenagem ao Aleijadinho, com curadoria de Eduardo Cavalcanti, reúne três pinturas e 14 estudos preparatórios do pintor Dimitri Ismailovitch (1890-1976) para o quadro Ceia – Homenagem ao Aleijadinho (1945), considerada a obra-prima do artista russo-brasileiro, que tornou-se admirador da obra de Aleijadinho após uma visita a Ouro Preto (MG). A mostra também pode ser vista na internet por meio de um tour virtual.
O Artista
Ismailovitch chegou ao Rio de Janeiro em 1927, onde fez exposição individual na embaixada norte-americana. No Rio ele conheceu Graça Aranha, escritor modernista que o introduziu no meio artístico e intelectual.
Ainda na então capital da república, o artista participou do Salão Revolucionário de 1931, da Escola Nacional de Belas Artes, tendo participado, nos anos seguintes, por diversas vezes, do Salăo Nacional de Belas Artes, no Rio.
Naturalizou-se brasileiro em 1937. A convite de Villa-Lobos participou, com Di Cavalcanti e a pintora Maria Margarida Soutello, da ornamentação do bloco carnavalesco Sôdade do Cordão em 1940.
Segundo críticos, dentre as várias influências de Ismailovitch podem ser citadas a iconografia russa, a arte bizantina e persa, o cubismo, o art deco, as xilogravuras japonesas, a arte mexicana e marajoara. Notabilizou-se como retratista, embora tenha se dedicado à paisagem, à natureza morta, a arte sacra, aos estudos antropológicos, a documentação da flora e a abstração.
Texto: Ascom/Ibram
Imagem: Divulgação