Ibram e CCBB Rio promovem seminário sobre 200 anos de museus no Brasil

publicado: 18/07/2018 16h54,
última modificação: 15/08/2018 19h02

Seminário vai propor uma reflexão sobre dois séculos de presença contínua dos museus em território brasileiro, celebrados em 2018 por ocasião do bicentenário de criação do Museu Nacional.
Seminário vai propor uma reflexão sobre dois séculos de presença contínua dos museus em território brasileiro, celebrados em 2018 por ocasião do bicentenário de criação do Museu Nacional.

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro promovem de 30 de julho a 3 de agosto o seminário “200 anos de Museu no Brasil: Desafios e Perspectivas”.

Realizado com o patrocínio do CCBB Rio, o evento vai propor uma reflexão sobre dois séculos de presença contínua dos museus em território brasileiro, celebrados em 2018 por ocasião do bicentenário de criação do Museu Nacional.

O seminário vai debater o percurso histórico de constituição e consolidação dos museus no Brasil em toda sua diversidade e abrangência, analisando as contribuições trazidas para a cultura brasileira e os desafios e perspectivas neste campo. Com este objetivo, importantes nomes do segmento foram convidados a participar de extensa programação que ocupará o Teatro 1 do CCBB Rio de Janeiro ao longo de cinco dias e inclui nove mesas redondas, além de palestra.

Entre os temas que serão abordados estão a memória do pensamento museológico brasileiro; a educação museal no Brasil; reflexões sobre museus de Arte, História, Antropologia, Arqueologia e Ciência; a presença das memórias afro-brasileiras nos museus brasileiros; e os desafios e perspectivas para os museus no Brasil contemporâneo. O evento terá entrada gratuita, com distribuição de senhas 1h antes de cada atividade programada. Confira a programação completa.

“Nesse ano em que celebramos os 200 anos de museus no Brasil, é fundamental para nossas instituições museológicas desenvolver uma reflexão sobre suas histórias e memórias”, explica o presidente do Ibram, Marcelo Araujo. “Não só para identificarmos suas contribuições para a cultura do país, mas principalmente para melhor compreender as potencialidades e os desafios que se colocam, no momento presente, para o exercício de seu papel de agentes no processo de construção de uma sociedade solidária”, completa.

O Museu Nacional

Criado em 6 de junho de 1818 por Dom João VI, responsável pela transferência da corte portuguesa para o Brasil, o então Museu Real – hoje situado no antigo Palácio Imperial de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista – foi pensado para propagar o conhecimento e o estudo das ciências naturais em terras brasileiras.

Com acervo de mais de 20 milhões de itens, constituído principalmente por itens relacionados às áreas de Antropologia, Botânica, Entomologia, Geologia e Paleontologia, o Museu Nacional/UFRJ é a mais antiga instituição científica do Brasil voltada à pesquisa e à memória da produção do conhecimento, hoje reconhecida como centro de excelência de pesquisa em história natural e antropológica na América Latina.

A partir da criação do Museu Nacional, os museus se multiplicaram nas décadas seguintes por todo o território brasileiro, assumiram diferentes modelos, ampliaram suas áreas de atuação e marcaram a cultura brasileira de maneira decisiva. Hoje, são mais de 3,8 mil instituições cada dia mais abertas, voltadas à construção e ampliação de diálogos, sintonizadas com suas comunidades e visando um desenvolvimento sustentável em todas as frentes.

Comemorações

Para celebrar o bicentenário do Museu Nacional e seu significado, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) lançou em maio marca comemorativa aos 200 anos de museus no Brasil. Ela será utilizada em todos os produtos lançados pelo Ibram ao longo de 2018 e também estará presente em todas as ações desenvolvidas pelo órgão e seus museus vinculados.

Também como parte das comemorações, o Ibram publicará ainda edição especial da MUSAS – Revista Brasileira de Museus e Museologia, que vai trazer uma reflexão sobre dois séculos de experiência museal em território brasileiro lançando um amplo olhar avaliativo sobre as principais questões, experimentações e conquistas acumuladas nesta trajetória.