A edição 2016 da ArtRio, feira que reúne galerias nacionais e internacionais desde 2011 na capital fluminense, terá, pelo segundo ano consecutivo, o projeto Intervenções Bradesco ArtRio ocupando, com arte contemporânea, os jardins históricos do Museu da República/Ibram, no bairro do Catete.
Com curadoria da museóloga Isabel Portella, 14 artistas irão propor, entre os dias 27 de setembro e 2 de outubro, um diálogo entre as obras e a natureza local. A abertura acontece neste dia 27 (terça-feira), às 14h, e tem entrada franca.
“A ‘arte sem paredes’ como suporte, sem limites, sem portas de entrada, ganhando jardins e parques, proporciona diferentes e incontáveis leituras”, explica a curadora, “traduzindo o pensamento artístico do nosso tempo”.
Tombado em 1938, o jardim do antigo Palácio do Catete, que se espalha por uma área de 12 mil m², já passou por reformas, mas mantém o projeto original criado pelo paisagista francês Paul Villon (1841-1905), responsável por outros projetos na cidade do Rio de Janeiro, quando o palácio tornou-se sede da Presidência da República (1896).
Aproveitando o momento da ArtRio, no dia 27, a Galeria do Lago do Museu da República, dedicada a divulgar arte contemporânea, abre a exposição “Objetos Notáveis”, onde a artista visual Carla Chaim apresenta o resultado de um ano de pesquisa no museu, como parte do prêmio Foco Bradesco ArtRio 2015.
No dia 29, às 11h, acontece um encontro com a curadora Isabel Portella e a artista. A exposição pode ser visitada gratuitamente até o dia 27 de novembro. Saiba mais sobre o museu e como chegar.
Outros circuitos
Além do Museu da República, outros museus da rede do Instituto Brasileiro de Museus integram os Circuitos Artísticos da ArtRio, que levam o público a conhecer roteiros de arte que estão em locais de visitação pública.
O Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa, integra o circuito Museus e Espaços Culturais, com foco em arte moderna, popular e contemporânea.
O Museu do Açude, no Alto da Boa Vista, faz parte de dois roteiros: Circuito Tim Blue Man Group, com a azulejaria portuguesa presente no museu, e Circuito de Arquitetura – museus tombados, locais considerados “fundamentais na história da cidade e dos cariocas”. Neste circuito, inclui-se ainda o Museu Villa-Lobos/Ibram em Botafogo.
Já o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram), na Cinelândia, integra o Circuito Artístico O Meu Rio. Para o curador Marcos Veloso o Rio é “repleto de lugares, de pequenas ‘quebradas’, de pontos quase imperceptíveis no mapa e de intensos e mutantes fluxos e trechos”.
Texto: Ascom/Ibram
Fotos: Flávio Leão/Museu da República
Foto destaque: Trabalho de Flávio Cerqueira (Casa Triângulo) na intervenção 2015/Divulgação ArtRio