Ontem (12), primeiro dia de discussões da 23ª Conferência Geral do Icom, que acontece até o dia 17 no Rio de Janeiro (RJ), a questão da memória afro-brasileira pautou a agenda de vários representantes de instituições internacionais e também do presidente do Ibram/MinC, Angelo Oswaldo.
Durante a manhã, Angelo Oswaldo se reuniu com representantes da Smithsonian Institution, sediado em Washignton (Estados Unidos).
As instituições pretendem assinar um acordo de cooperação visando ações para criação de uma rede de museus sobre a temática cultura negra e memória afrodescendente. Também pretendem trabalhar em um projeto de intercâmbio de profissionais já para o próximo ano.
Novo museu
À tarde, o tema foi debatido em encontro na Fundação Casa de Rui Barbosa – autarquia vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). O presidente da fundação, Manolo Florentino, fez uma apresentação histórica da questão do negro no Brasil.
Em seguida, as instituições convidadas, entre elas o MoMa (Museu de Arte Moderna de Nova Iorque), e também da Smithsonian, falaram sobre suas experiências com o tema e em como podem contribuir para o projeto do Museu Nacional Afro-Brasileiro de Cultura e Memória, que será construído em Brasília e pretende ser referência sobre a história e memória da cultura negra no Brasil.
Angelo Oswaldo e Hilton Cobra, presidente da Fundação Palmares/MinC, reforçaram a importância do projeto como “um passo importante para a história do país”.
Deborah Mack, do Museu Nacional Afro-Americano de História e Cultura, também sediado em Washington e ligado ao Smithsonian, destacou a existência de mais de 200 museus nos Estados Unidos em torno do tema. Para ela, é importante que as novas gerações afrodesecentes conheçam e nunca se esqueçam da segregação vivida pelos seus antepassados.
Texto: Ascom/Ibram
Foto: Fundação Casa de Rui Barbosa/divulgação
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