O ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o governador do Distrito Federal (DF), Rodrigo Rollemberg, formalizaram ontem (10), em Brasília, a transferência de terreno para a construção do Parque Mandela e o lançamento do concurso internacional para o projeto arquitetônico do Museu Nacional da Memória Afrobrasileira (MNMAfro).
O governador do DF garantiu ao ministro a transferência do terreno, que estava prevista desde a gestão passada, mas que ainda não havia sido concluída.
O local escolhido fica ao lado da Ponte JK, às margens do Lago Paranoá – um dos cartões postais da cidade.
“O museu complementa o processo de afirmação de Brasília como capital cultural do Brasil. Então, é um passo importante que demos aqui”, afirmou Ferreira.
“O processo da discussão deste parque já foi dado, inclusive, com a participação da comunidade de Brasília. A área já estava determinada. A parte administrativa e a jurídica já estavam concluídas e, hoje, fechamos politicamente”, concluiu.
Concurso e centro de referência
Com a transferência do terreno de 65 mil metros quadrados pela Terracap (Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal) para a União, o edital do concurso, que está a cargo do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-DF), poderá ser aberto para a participação de arquitetos de todo o mundo. A previsão é que o edital seja lançado no próximo dia 21 de abril – data em que se comemora o 55º aniversário da capital federal.
Os profissionais terão como base o termo de referência desenvolvido pela Fundação Cultural Palmares em conjunto com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e Fundação Casa de Rui Barbosa – entidades vinculadas ao Ministério da Cultura – e integrantes da comunidade onde o parque e o museu serão instalados.
A ideia do museu é ser um centro de referência da cultura negra, onde o visitante poderá, por meio do uso de tecnologia e interatividade, conhecer a trajetória dos povos afrodescendentes no Brasil e, efetivamente, reconhecer a sua importância na construção da identidade cultural do país.
O espaço também será destinado para pesquisa e atividades educacionais, reunindo patrimônios material (peças de museus públicos e privados e de coleções particulares) e imaterial (danças, brincadeiras, tradições orais), além de objetos que mostrem a trajetória da população negra, que, atualmente, corresponde a mais de 50% dos brasileiros. Continue lendo.
Texto: Ascom/MinC
Edição: Ascom/Ibram
Foto: Janine Moraes/MinC
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