Com uma representativa seleção de trabalhos entre as mais de 3 mil obras produzidas pelo artista em cinquenta anos de carreira, o Museu Nacional de Belas Artes/Ibram inaugurou ontem, 21, a exposição “O mundo paradisíaco de Júlio Paraty”. A mostra está disponível até 21 de março.
Na exuberância de suas cores e rigor de sua composição, a obra de Júlio desde sempre teve como inspiração e temas o patrimônio cultural da cidade de Paraty: suas tradições, as festas religiosas, os modos de viver, as brincadeiras, a pesca e os barcos, os personagens, santos e bandeiras da localidade.
Para o curador da mostra, o cineasta Luis Carlos Bigode, “esta retrospectiva nos permitirá acompanhar a evolução de seu percurso, dos primeiros trabalhos onde a presença de blocos compactos forma a narrativa da tela, ao povoamento riquíssimo de seus espaços por uma multidão de personagens coadjuvantes, ações paralelas ao tema principal, pequenas telas dentro daquilo que retrata, numa inquietação que habita o mundo e o atelier dos grandes artistas”.
Dono de uma robusta carreira artística e sendo um dos mais importantes artistas da histórica e colonial cidade de Paraty, Júlio Paraty realizou cerca de trinta exposições individuais, a primeira em 1971, em São Paulo, no Antiquário Chafariz. Na capital paulista, ele expôs também em 1984, no Centro Cultural São Paulo, e no Rio de Janeiro, na Funarte, em 1979 e 1981. Participou também de exposições internacionais coletivas, em 1980 – Exposições Coletivas de Naifes Internacionais – na Galeria do Bonfim de Amsterdam e na Galeria do Bonfim de Bonn, na Alemanha.
Conjugada à exposição, haverá, também, a exibição permanente do filme que faz parte da série “Atelier do Artista”, com fotografia de Alisson Prodlik e direção de Luiz Carlos Lacerda – que é também o curador da exposição. A mostra “O mundo paradisíaco de Júlio Paraty” conta com o apoio da Secretaria de Cultura de Paraty.
Texto: Ascom/MNBA
Edição: Ascom/Ibram