O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram) inaugura no dia 3 de abril, a exposição Eliseu Visconti – A modernidade antecipada, com cerca 250 obras, entre pinturas, desenhos, cerâmicas e documentos do artista.
Após 63 anos da última retrospectiva do artista nos seus espaços, o museu exibirá obras que nunca foram vistas pelo público, nem mesmo por especialistas brasileiros em história da arte, que pertencem a 15 instituições e a 80 colecionadores particulares. O maior acervo de obras do artista, contudo, pertence ao MNBA.
Artista com grande presença na transição do Brasil Imperial para o Brasil Republicano, Eliseu Visconti antecipou a modernidade na arte brasileira, sem, no entanto, romper com suas origens nem com os artistas que o antecederam. Assim, a exposição tem por propósito redimensionar o legado de Visconti, situando-o como agente capital de tal modernização.
A produção de Eliseu Visconti é apresentada em toda sua extensão, desde o início de sua carreira, em 1888, época em que ainda fazia parte da Academia Imperial de Belas-Artes, até o seu falecimento, em 1944.
A retrospectiva é dividida por períodos e temas, em consonância com os trabalhos desenvolvidos pelo pintor e também designer. Entre eles estão paisagens, cenas de família, retratos, nus, temas históricos, painéis decorativos e objetos de design, além de desenhos e aquarelas.
Dentre as pinturas, destacam-se na exposição 25 autorretratos, dentre os mais de 40 que Visconti criou em seus 60 anos de produção. A exposição conta ainda com memorabilia variada (cadernos de apontamentos, documentos, fotografias e estudos), cenografia do ateliê do artista (cavalete, pincéis e paleta) e cronologia ilustrada.
A mostra tem curadoria dos historiadores de arte Rafael Cardoso e Mirian Seraphim, e de Tobias Stourdzé Visconti, neto do artista e responsável pelo Projeto Eliseu Visconti, criado em 2005 para preservar e divulgar a memória do pintor.
Texto e imagem: Divulgação MNBA/Ibram