Mostra reúne mais de trinta artistas no Museu da Abolição a partir deste sábado

publicado: 03/05/2019 14h55,
última modificação: 03/05/2019 14h56

Artistas participantes da Entremoveres seguram placas com os nomes das demais artistas desta que é a mostra Trovoa Nacional em Pernambuco. Mais de 30 mulheres e pessoas não-binárias apresentarão seus trabalhos no Museu da Abolição, no bairro da Madalena. Foto: Abiniel Nascimento/Divulgação Museu da Abolição/Ibram
Artistas participantes da Entremoveres seguram placas com os nomes das demais artistas desta que é a mostra Trovoa Nacional em Pernambuco. Mais de 30 mulheres e pessoas não-binárias apresentarão seus trabalhos no Museu da Abolição, no bairro da Madalena. Foto: Abiniel Nascimento/Divulgação Museu da Abolição/Ibram

O Museu da Abolição (Mab/Ibram) recebe no sábado (4), às 16h, a mostra Entremoveres que compõe a articulação e mostra nacional Trovoa, idealizada por um coletivo de artistas e curadoras cariocas e, em Pernambuco, conta com a participação de mais de 30 artistas, entre mulheres (travestis, trans e cis) e pessoas não-binárias. Através dos trabalhos artísticos e atividades formativas, a mostra apresenta a pluralidade de linguagens, de discursos, de pesquisas e de mídias produzidas por profissionais que, não raro, tem sua atuação racializada no campo artístico.

No mesmo dia da abertura, haverá também uma roda de conversa no auditório do Museu da Abolição com as participantes, que falarão sobre o processo individual e coletivo de construção da Entremoveres. A mostra conta com trabalhos das artistas Aline Sales, Amanda Souza, Ana Lira, Anne Souza, Ariana Nuala, Benedita Arcoverde, Biarritzzz, Deba Tacana, Erzulie Timboiá, Gi Vatroi, Ianah, Juma Gitirana, Kalor, Karla Fagundes, Kildery Iara, Letícia Barros, Lia Letícia, Liz Santos, Magú, Mariana de Matos, Mitsy Queiroz, Nathê Ferreira, Nena Callejera, Polly Souza, Priscilla Buhr, Priscila Ferraz, Priscilla Melo, Preta Afoita, Rebeca Gondim e Mun-Ha. Serão apresentados desenhos, gravuras, vídeo, instalação, livro de artista, lambe-lambe, fotografia, performance, entre outras expressões e linguagens que podem ser acrescentadas no decorrer da mostra.

A ocupação artística consiste em um laboratório em processo no Museu da Abolição, desenvolvido pelas próprias artistas ao longo dos três meses de ativação do equipamento cultural, que foi dirigido historicamente por pessoas brancas e que agora vem sendo pensado a partir da perspectiva das pessoas negras. De acordo com a museóloga Daiane Carvalho, diretora interina do Museu da Abolição, o equipamento cultural se engrandece ao acolher a Entremoveres. “Toda essa movimentação possui bastante sintonia com a missão e os objetivos da instituição, no sentido de fomentar processos de co-criação, e ser um espaço para conectar-se e compartilhar a história, memória, manifestações culturais e artísticas do povo negro, dando uma atenção mais que especial as temáticas do feminino”, avalia a diretora.

A mostra Entremoveres fica em cartaz até o dia 4 de agosto e pode ser vista pelo público de segunda à sexta, das 9h às 17h, e aos sábados das 13h às 17h. O Museu da Abolição está situado na Rua Benfica, 1150, no bairro da Madalena, em Recife (PE).

A mostra nacional Trovoa

O Grupo Trovoa é um grupo de mulheres artistas visuais que atua no Rio de Janeiro, desde 2017, como uma pequena rede de fortalecimento para a produção de arte contemporânea a partir do pensamento não-branco. Em 2019, a mostra nacional Trovoa acontece no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP), em Marabá e Belém (PA), em Vitória (ES), em Salvador (BA) e no Recife e Região Metropolitana (PE). Saiba mais