Museu da Inconfidência expõe arte indígena

publicado: 29/10/2010 17h02,
última modificação: 05/04/2011 17h04

Ritual da Imagem – Arte Asurini do Xingu. Esse é o nome da exposição que o Museu da Inconfidência, em parceria com o Museu do Índio (Funai/RJ), traz a Ouro Preto (MG). A inauguração coincidirá com o Dia Nacional da Cultura, 5 de novembro, a partir das 20h30, na Sala Manoel da Costa Athaide (Anexo I do museu). No auditório, será exibido making of das peças confeccionadas este ano pelas índias do médio rio Xingu. A curadoria da exposição é da professora e antropóloga Regina Polo Müller.

O objetivo da mostra é apresentar a arte indígena como bem cultural, que traz o modo de viver de um povo – um patrimônio a ser preservado. Serão valorizados os modos de fazer tradicionais da cerâmica e do grafismo Asurini, promovendo a transmissão dos saberes entre as gerações. O público poderá conferir arte cerâmica, grafismo, pintura corporal e peças do acervo do Museu do Índio do Rio.

Hoje, o grupo Asurini soma cerca de 150 pessoas, falantes da língua Asurini, da família linguística Tupi-guarani. A aldeia localiza-se a poucas horas da cidade de Altamira (PA). Na sua economia atual, comercializam a produção de objetos da cultura material, dentre eles, as peças da arte cerâmica que os distinguem fortemente dos outros povos indígenas brasileiros por sua elaborada decoração com desenhos geométricos e acabamento em verniz vegetal.

Museu do Índio – O Museu do Índio, órgão científico-cultural da Fundação Nacional do Índio (Funai), foi criado por Darcy Ribeiro, no bairro do Maracanã, no Rio de Janeiro, em 1953. É a única instituição oficial no País dedicada às culturas indígenas. Hoje, possui rico acervo relativo à maioria das sociedades indígenas contemporâneas: 16 mil publicações nacionais e estrangeiras especializadas em Etnologia e áreas afins na Biblioteca Marechal Rondon, uma das mais completas e especializadas da América do Sul em temática indígena; mais de 70 mil documentos audiovisuais em diversos tipos de suporte, parte já digitalizada e armazenada em CD-Roms; 126 mil documentos textuais de valor histórico sobre os diversos grupos indígenas e cerca de 200 filmes, vídeos e gravações sonoras. (Fonte: www.museudoindio.gov.br)