Museu da Inconfidência receber mostra com fotografias de Alfredo Ferreira Lage

publicado: 14/08/2015 11h20,
última modificação: 14/08/2015 11h20

Avant l’orage (Antes da Tempestade). Juiz de Fora, MG, c. 1904, de Alfredo Ferreira Lage
Avant l’orage (Antes da Tempestade). Juiz de Fora, MG, c. 1904, de Alfredo Ferreira Lage

Nesta sexta-feira (14), o Museu da Inconfidência (Ibram/MinC), que fica em Ouro Preto (MG), inaugura a mostra Simetria e permanência: a arte na fotografia de Alfredo Ferreira Lage. A exposição reúne um conjunto de fotografias feitas pelo colecionador e fundador do Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora (MG), e revela sua relação com a fotografia, especialmente no registro das paisagens e das personagens que o inspiraram, como composições bucólicas, vistas rurais e aspectos da fauna e flora mineira.

Com curadoria de Pedro Vasquez, Aldo Araújo, Janine Ojeda e Margareth Monteiro e reprodução e o tratamento digital das imagens de Thiago Barros, a exposição é coordenada pela Expomus, tem o patrocínio da Petrobras e é promovida em parceria com a Fundação Museu Mariano Procópio, detentor do acervo que será exposto. A mostra ocupará a Sala Manoel da Costa Athaide, Anexo I do Museu da Inconfidência, tem entrada gratuita e ficará em exibição até o dia 6 de setembro, de terça-feira a domingo, das 10 às 18h.

Alfredo Ferreira Lage

Nascido em Juiz de Fora, em 1865, Alfredo é filho do comendador Mariano Procópio Ferreira Lage. Em 1903, criou e presidiu o Photo Club Rio de Janeiro junto com Sylvio Bevilacqua, Barroso Neto e Guerra Duval, o que torna sua obra precursora dos fotoclubes no Brasil. Teve vários trabalhos premiados com medalha de ouro em exposições realizadas no Rio de Janeiro, em 1908, e na cidade italiana de Turim, em 1911, como a imagem alegórica Nouvelles de l’absent, mostrando uma jovem de costas lendo uma carta, segundo o gosto romântico da época. Abriu o Museu Mariano Procópio como espaço particular à visitação, fundando-o oficialmente em 1921. No ano seguinte, inaugurou a Galeria de Belas Artes do Museu Mariano Procópio, com apoio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do qual se tornou membro posteriormente. Em 1936, Alfredo fez a doação do Museu Mariano Procópio para o município de Juiz de Fora e criou o Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio. Morreu no Rio de Janeiro, aos 79 anos de idade.