Museu da República celebra 58 anos de abertura ao público

publicado: 14/11/2018 16h10,
última modificação: 16/11/2018 15h21

Sede do poder executivo brasileiro desde 1887, Palácio do Catete abriu as portas como Museu da República em 1960 após transferência da capital federal para Brasília (DF).
Sede do poder executivo brasileiro desde 1887, Palácio do Catete abriu as portas como Museu da República em 1960 após transferência da capital federal para Brasília (DF).

O Museu da República, no Rio de Janeiro (RJ), completa no feriado desta quinta-feira (15) seus 58 anos de abertura ao público. Vinculado ao Ibram, um dos museus históricos mais importantes do Brasil vai celebrar a data com programação especial que incluiu apresentações musicais e inauguração de duas exposições temporárias.

Com entrada franca durante todo o dia, a programação terá início às 10h com apresentação de Coral Comemorativo, seguida de edição do projeto Música no Museu, às 12h30, com Festival Internacional de Sopros; e roda de choro a partir das 15h30 com o grupo Arruma o Coreto, patrimônio imaterial cultural do Rio de Janeiro.

O museu também inaugura em seu aniversário duas exposições temporárias produzidas por estudantes. Coletiva de alunos do Colégio Estadual Amaro Cavalcanti, “Escola e Museu: Construindo Sentidos” convida ao público a uma reflexão interdisciplinar sobre memória e direitos a partir de objetos pessoais dos alunos, exibidos no Palácio do Catete. Já “A primavera brasileira: o povo na constituição”, concebida pelos alunos do Colégio Pedro II e exposta no jardim histórico do museu, traz banners sobre a história da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988.

ARRUMA-CORETOSituado no Palácio do Catete – antiga residência dos aristocratas Barão e Baronesa de Nova Friburgo que, a partir de 1887, tornou-se a sede do poder executivo brasileiro e residência oficial da Presidência da República – o Museu da República foi criado em 1960 com a transferência da capital federal para Brasília (DF) e abriu as portas naquele mesmo ano na data da Proclamação da República.

Museu contemporâneo

Dedicado à preservação, pesquisa e comunicação do patrimônio cultural republicano sob sua guarda, o museu conta desde abril deste ano com nova gestão, tendo à frente o museólogo, professor e poeta Mário de Souza Chagas – que tem apostado na reconfiguração da relação do museu com a comunidade, no diálogo estreito com universidades e na realização de parcerias.

A realização de reuniões para ouvir as demandas da comunidade do entorno do museu; a efervescente ocupação do jardim do Palácio do Catete, com realização de feiras, serestas e outras atividades; e a promoção de atividades voltadas à cidadania, como a Copa dos Refugiados, são algumas das marcas simbólicas do momento atual da instituição.

VistaJardim“Estamos assumindo o Museu da República como um museu contemporâneo, conectado com o seu tempo, que aborda questões históricas mas em conexão com o hoje”, explica Mário Chagas.

O diretor da instituição também cita como marco de 2018 a reabertura do terceiro andar do palácio, fechado em 2015 após o desprendimento de parte do forro de estuque de seu teto, restaurado este ano através de parceria. A regularização de obras pertencentes a outras instituições que integram o acervo do Museu da República também é uma ação em andamento, a exemplo da recente aquisição de quadro do pintor alemão Emil Bauch.

Além das duas exposições inauguradas, seguem em cartaz as exposições temporárias “Museu Nacional Vive”, com charges, fotografias e desenhos do artista Carlos Latuff que perpassam sua trajetória, de criança a adulto, como visitante do Museu Nacional; e “Fora/Dentro”, que traz uma mostra da vasta obra de Raul Mourão, que inclui esculturas, objetos, fotografias, vídeos e outras formatos inspirados na cidade e na vida urbana. Saiba mais sobre o Museu da República.