Neste fim de semana (13 e 14 de setembro), o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Angelo Oswaldo, e a diretora do Departamento de Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Celia Maria Corsino, estarão em Goiás (antiga Cidade de Goiás).
Eles irão participar de uma oficina organizada pelo diretor dos três museus Ibram na região, Renan Martins, cujo intuito é definir diretrizes para a nova museografia do Museu das Bandeiras – cuja reforma está em sua fase final.
O museu ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia da Província de Goyaz, prédio cuja construção foi finalizada em 1766, seguindo projeto da Coroa Portuguesa. Criado em 1949, teve como núcleo inicial do acervo o arquivo documental da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional (Fazenda Pública).
Esse conjunto de documentos representa uma das fontes de informação mais importantes sobre a administração pública da região Centro-Oeste durante o período colonial, imperial e republicano. Atualmente, o acervo é composto por 573 peças, incluindo objetos de arte sacra, mobiliário, vestuário, armamentos e utensílios domésticos.
Segundo Angelo Oswaldo, a nova proposta para a exposição permanente do museu deve retomar referências ao uso primeiro do edifício no período colonial, destacando ainda elementos do ciclo do ouro goiano.
O convite a Celia Corsino se deu, especialmente, por ter sido a museóloga responsável pela primeira expografia do Museu das Bandeiras. Ainda participam da oficina a superintendente do Iphan no estado de Goiás, Salma Saddi, as secretárias de Cultura e Turismo de Goiás, e um representante dos guias de turismo da cidade.
Boa Morte
Além do Museu das Bandeiras, o presidente do Ibram visita a igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, onde está instalado o Museu de Arte Sacra, que pertence à Diocese de Goiás, mantido e administrado pelo Ibram, e que deverá entrar em obras em breve. O acervo é constituído de mais de 900 peças, entre objetos litúrgicos, prataria e obras do escultor e pintor goiano José Joaquim da Veiga Valle (século XIX).
“Ainda estamos na fase de planejamento da reforma. Recebemos ontem (11) a vistoria do Iphan no edifício histórico para que, então, o projeto venha a ser concluído”, esclarece Renan Martins. Quanto a reabertura do Museu das Bandeiras, o diretor dos museus Ibram no estado informa não haver ainda data definitiva.
“A obra deve ser finalizada no final deste mês. Mas somente após o cumprimento de procedimentos administrativos, assim como a montagem da nova exposição permanente, é que o Museu das Bandeiras estará pronto para receber o público outra vez”, finaliza.
Texto: Ascom/Ibram
Foto: Divulgação/Internet