No mês das comemorações dos 150 anos da Batalha Naval do Riachuelo (11 de junho de 1865), a exposição De Martino no Brasil, que abre ao público amanhã (17), no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram), resgata a obra de um dos artistas que representou, em detalhes, o conflito do qual foi testemunha.
Apresentada pelo MNBA, Instituto Italiano de Cultura e Museu Naval a mostra, em cartaz na cidade do Rio até 20 de setembro, reúne cerca de 50 obras do italiano Eduardo de Martino (1838-1912), que cria um panorama do trabalho de um dos maiores pintores de marinha do seu tempo. Algumas das obras serão expostas pela primeira vez no Brasil.
A exposição inclui ainda uma rara documentação visual da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1864-1870), nominados Memória do Mundo pela Unesco, como parte da iconografia do embate.
De marinheiro a pintor
Oficial da Marinha de Guerra da Itália, Eduardo De Martino resolveu dar uma guinada na sua trajetória e enveredar pela arte. Migrou para a América do Sul, tendo residido parte da sua vida no Brasil.
Como pintor, foi encarregado pelo imperador dom Pedro II de registrar em desenhos os acontecimentos da Guerra do Paraguai, tendo acompanhado os almirantes Barroso e Tamandaré. Em 1870, Apresenta composições na 21ª Exposição Geral de Belas Artes e ganha medalha de ouro. Radica-se em Londres, a partir de 1875, onde mora até sua morte em 1912.
“De Martino foi um artista com grande poder de síntese e possuidor de um traço forte e preciso”, define um dos curadores da exibição, Ivan Coelho de Sá. Já Luciano Migiliaccio, também curador, “a trajetória de Eduardo de Martino representou no Brasil o aparecimento de um tipo de artista moderno que ia adquirindo particular significado na época, devido ao seu importante papel político”, explica.
A exposição De Martino no Brasil pode ser visitada no MNBA, que fica na Cinelândia, de terça a sexta, de 10h às 18h; e sábados, domingos e feriados, de 12h às 17h.
O ingresso custa R$ 8 (inteira), com direito a meia entrada. Aos domingos, a entrada é grátis. Saiba mais sobre o Museu Nacional de Belas Artes.
Texto e imagem: Divulgação MNBA
Edição: Ascom/Ibram