Com o apoio da maioria da comunidade museológica, o Museu de Itaipu (RJ) agora passa a se chamar Museu Socioambiental de Itaipu. A mudança de nome foi sugerida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), baseada na ampliação das atividades que vêm sendo desenvolvidas pela unidade, antes denominada Museu Arqueológico de Itaipu. A nova denominação contempla uma relação mais ampla entre homem e ambiente, com ênfase no desenvolvimento da comunidade em que está inserido.
A iniciativa de convocar a sociedade para discutir a proposta de alteração da denominação consolida as ações de gestão participativa empreendidas pelo museu. “A mobilização e o envolvimento da comunidade nas discussões das questões de interesse coletivo promovem uma maior interação da instituição com os atores sociais envolvidos, contribuindo, assim, para o fortalecimento da identidade local”, afirma a diretora substituta do museu, Vera Gigante.
Participaram da votação representantes da Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro (SR-IPHAN/RJ), do Museu da República, a Coordenação de Arquitetura e Espaços Museais/Ibram-RJ, do Museu Histórico Nacional, da Associação de Comerciantes da Praia de Itaipu (ACOMPI), da Associação Livre de Pescadores e Amigos da Praia de Itaipu (ALPAPI), do Parque Estadual da Serra da Tiririca/Instituto Estadual de Ambiente (PESET/INEA), do Monitor Ambiental do PESET/INEA, além de pescadores e representantes de colônias de pescadores locais, de museólogos, técnicos em Museologia e professores da área da Universidade Federal do Estado do Rio de janeiro (UNIRIO) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
O Museu
O museu está instalado em Niterói (RJ), nas ruínas do antigo Recolhimento de Santa Teresa, instituição fundada em 1764, pelos padres Manuel Francisco da Costa e Manuel da Rocha. O acervo institucional é composto por objetos testemunhos de povos que habitaram a região antes do ano de 1500.