Em 1971, com a inauguração da estrada Rio-Santos, o “progresso” chegou à praia da Trindade, no município de Paraty, na divisa dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. E chegou exibindo uma face opressora: uma multinacional exigiu a posse das terras. Foi o início da resistência das famílias nativas.
Esse período dramático e decisivo na história da população caiçara de Trindade foi registrado entre 1974 e 1983 pelos fotógrafos Araquém Alcântara, Adriana Mattoso, Sidney Corallo, Fausto Pires de Campos e Silvano Pires de Campos. Uma seleção dessas imagens está exposta no Museu do Forte Defensor Perpétuo, até o dia 20 de fevereiro de 2011.
Reconstruir para Resistir – A Luta Caiçara na Trindade retrata o modo de vida da comunidade, a resistência política pela posse de sua terra ao longo da década de 70 e as consequências desse confronto no modo de vida daquelas pessoas.
A exposição conta também com objetos tradicionais caiçaras, como canoas, remos e cestaria. Tem o apoio da Associação dos Moradores de Trindade; do Instituto Histórico e Artístico de Paraty; e da Prefeitura de Paraty, através da Secretaria Municipal de Cultura (proprietária do acervo).
O museu fica aberto de quarta a domingo, de 9h às 12h e de 14h às 17h. Os ingressos custam R$ 2. Estudantes da rede pública, crianças até 5 anos, maiores de 60 anos e moradores de Paraty não pagam. Às quartas-feiras, a entrada é franca.
O Museu do Forte Defensor Perpétuo fica no Morro da Vila Velha, s/nº, em Paraty-RJ. Informações: (24) 3373-1038.