Marca registrada de uma das casas de memória mais visitadas do Brasil, as famosas pantufas do Museu Imperial, em Petrópolis (RJ), podem sair de cena em breve.
O museu, que é vinculado ao Ibram, estuda a possibilidade de mudar o modelo dos famosos chinelos, que chegaram a figurar nas páginas do jornal norte-americano The New York Times e ajudam a conservar os pisos históricos daquela que um dia foi a residência de verão preferida do imperador D. Pedro II e sua família.
Por questões de higiene, conforto e praticidade, a direção do museu avalia abolir, ao menos em parte, o uso das pantufas – utilizadas desde a criação do museu, em 1940 – e adotar algo parecido com uma sapatilha descartável. Não há previsão de data para mudança definitiva.
“A intenção é aperfeiçoar nosso serviço de forma a deixar os visitantes mais confortáveis ao passear pelas alas e também terem a possibilidade de levar um ‘pedaço’ do Museu para casa, já que o objeto não será reutilizado”, explica o diretor do Museu Imperial, Maurício Vicente Ferreira Jr.
Turistas que visitaram o antigo Palácio Imperial esta semana puderam fazer o primeiro teste com as novas “proteções” e aprovaram. “Estão aprovadíssimas. Deslizam bem no chão e são muito práticas, ficam bem presas aos nossos pés”, relataram as amigas Rosani e Danielle, de Santa Catarina, que visitavam o Museu Imperial pela primeira vez e testaram as novas sapatilhas.
Elas mesmas uma espécie de patrimônio do museu, as atuais pantufas, no entanto, não serão completamente descartadas caso o novo modelo seja adotado. De acordo com a direção da instituição, elas poderão voltar a deslizar pelos pisos do palácio em dias chuvosos, por exemplo.