JMJ 2013: Museu Villa-Lobos inagura mostra em homenagem a Aleijadinho

publicado: 19/07/2013 15h45,
última modificação: 27/09/2013 16h58
Um dos estudos de Ismailovitch para o quadro Ceia

O Museu Villa-Lobos/Ibram, no Rio de Janeiro (RJ), inaugura na segunda-feira (22), às 19h, uma exposição concebida especialmente para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

A Ceia brasileira de Ismailovitch – homenagem ao Aleijadinho, com curadoria de Eduardo Cavalcanti, reúne três pinturas e 14 estudos preparatórios do pintor Dimitri Ismailovitch (1890-1976) para o quadro Ceia – Homenagem ao Aleijadinho (1945), considerada a obra-prima do artista russo-brasileiro, que tornou-se admirador da obra de Aleijadinho após uma visita a Ouro Preto (MG).

A abertura contará com recital de obras de Villa-Lobos executadas pelo pianista Wagner Tiso, também diretor do museu, e pelo violoncelista Marcio Malard, que se apresentará com o violoncelo utilizado pelo próprio Villa-Lobos. A entrada é franca. A exposição poderá ser visitada até 30 de setembro. Saiba como chegar ao museu.

O Artista
Ismailovitch chegou ao Rio de Janeiro em 1927, onde fez exposição individual na embaixada norte-americana. No Rio ele conheceu Graça Aranha, escritor modernista que o introduziu no meio artístico e intelectual.

O pintor em autorretrato realizado em 1939

Ainda na então capital da república, o artista participou do Salão Revolucionário de 1931, da Escola Nacional de Belas Artes, tendo participado, nos anos seguintes, por diversas vezes, do Salăo Nacional de Belas Artes, no Rio.

Naturalizou-se brasileiro em 1937. A convite de Villa-Lobos participou, com Di Cavalcanti e a pintora Maria Margarida Soutello, da ornamentação do bloco carnavalesco Sôdade do Cordão em 1940.

Segundo críticos, dentre as várias influências de Ismailovitch podem ser citadas a iconografia russa, a arte bizantina e persa, o cubismo, o art deco, as xilogravuras japonesas, a arte mexicana e marajoara.

Notabilizou-se como retratista, embora tenha se dedicado à paisagem, à natureza morta, a arte sacra, aos estudos antropológicos, a documentação da flora e a abstração.

Texto: Ascom/Ibram
Imagens: Divulgação