O Museu Casa da Hera (Vassouras-RJ), também conhecido como Chácara da Hera, está sob nova direção. A arte educadora Daniele de Sá Alves assume o cargo na próxima terça-feira, 5, em cerimônia de posse às 16h, no museu. O diretor de Processos Museais (DPMUS), Mário Chagas, e o coordenador de Patrimônio Museológico, Cícero Almeida, representarão o Ibram/MinC no evento.
“Espero contribuir para que o museu se torne uma referência cultural viva na cidade e que a comunidade abrace a instituição”, afirma a nova diretora. A escolha foi realizada a partir de análise dos currículos recebidos. A chamada pública para preenchimento do cargo de direção foi aberta em 20 de abril deste ano. Concorreram servidores efetivos e não servidores com formação na área de Museologia ou áreas afins no campo das Ciências Sociais e/ou Humanas, e experiência comprovada de atuação em museus de, no mínimo, três anos.
O museu
O museu é parte da herança de Eufrásia Teixeira Leite, filha do barão de Itambé, José Teixeira Leite e foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como expressão do cotidiano de uma família rica de fazendeiros e comissários de café do século XIX. Eufrásia Teixeira Leite faleceu em 1930 e deixou a maior parte de seus bens como herança para entidades filantrópicas de Vassouras. Uma das cláusulas do testamento pedia "conservar a Chácara da Hera com tudo que nela existisse no mesmo estado de conservação, não podendo ocupar ou permitir que fosse ocupada por outros".
Além do mobiliário, quadros e objetos de uso doméstico originais, o acervo inclui uma coleção de trajes de origem francesa, considerada das mais importantes do Brasil. A biblioteca possui 890 livros e três mil periódicos do século XIX. A maior parte do acervo bibliográfico é de livros técnicos de contabilidade e negócios utilizados pelo seu penúltimo proprietário, Joaquim José Teixeira Leite. Há, ainda, um piano Henri Herz, raro exemplar do século XIX, do qual só existe um outro igual em Estrasburgo, na França.