Novo diretor dos Museus Ibram em Goiás assumiu o cargo na última segunda-feira

publicado: 25/07/2018 17h36,
última modificação: 26/07/2018 15h43

O Museólogo Tony Boita é novo diretor do Museu das Bandeiras, da Casa da Princesa e do Museu Arte Sacra da Boa Morte, em Goiás.
O Museólogo Tony Boita é novo diretor do Museu das Bandeiras, da Casa da Princesa e do Museu Arte Sacra da Boa Morte, em Goiás.

Selecionado após chamamento público organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o novo diretor do Museu das Bandeiras, da Casa da Princesa e do Museu Arte Sacra da Boa Morte, em Goiás, tomou posse no cargo na segunda-feira (23).

Tony Willian Boita, foi escolhido por meio de processo seletivo aberto em fevereiro deste ano, da qual puderam participar candidatos com conhecimento das políticas públicas do setor museológico e da área de atuação do museu.

Natural do município de Aragarças (GO), Tony Boita é Museólogo e mestrando em Antropologia Social na Universidade Federal de Goiás, onde também atuou como professor substituto.

À frete dos Museus Ibram em Goiás, Tony pretende desenvolver seu trabalho fundamentando-o em três pilares: o primeiro, visando o bem-estar e a capacitação dos servidores; o segundo, voltado para a difusão do conhecimento através do fortalecimento das ações educativas, culturais e de pesquisa; e o terceiro, preservar e garantir a segurança das pessoas, dos edifícios e dos bens musealizados.

Ele ressalta que relevantes eventos históricos e culturais ocorrerão na região. Em 2019, o Museu de Arte Sacra da Boa Morte celebrará 50 anos e o Museu das Bandeiras 70 anos de criação. Em 2020, o Fogaréu – uma das principais manifestações culturais mais importantes da cidade de Goiás – comemora 275 anos. Já em 2021, a cidade de Pilar de Goiás completará 280 anos e o Museu Casa da Princesa, 40 anos. E, no ano de 2022 a Cidade de Goiás irá comemorar 290 anos. “Essas datas impulsionarão nossos trabalhos de difusão, pesquisa e formação. Para tanto, serão desenvolvidas ações coletivas voltadas à preservação e a democratização da memória, sempre em diálogo com a sociedade e respeitando a função social dos museus”, declarou.

Trajetória

Desde 2011, desenvolve o mapeamento de museus, espaços de memória e iniciativas comunitárias em memória e História de grupos vulneráveis brasileiros, tal qual indígenas, quilombolas, periféricos e LGBT.

Entre 2011 e 2013, foi coordenador de Museologia Social do Programa de Extensão Comunidades FURG (Proext-Mec), atuando em comunidades indígenas e quilombolas do extremo sul do Rio Grande do Sul. Em 2012, participou do programa de formação de guias turísticos e professores da rede de ensino promovido pelo Museu das Missões (Ibram).

Em 2013, foi contemplado em primeiro lugar com o prêmio agente jovem de cultura (SCDC/MinC) pelo projeto Mulheres do Vale Araguaia. Neste mesmo ano, iniciou as edições da Revista Memória LGBT. Em 2014, foi consultor do Ponto de Cultura Fica aí Dizendo, clube social negro de Pelotas, e proponente do projeto que reconheceu Dona Sinhá como Mestre de Cultura Popular por meio do edital público da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural.

Em 2015 Coordenou o projeto Memória LGBT no Museu de Favela, Pavão, Pavãozinho e Cantagalo (MUF) e desde 2017 participa do Projeto Rio Araguaia: Lugar de Memórias e Identidades.

Presidiu o Conselho Regional de Museologia da 4ª Região e foi coordenador geral da Rede de Educadores em Museus de Goiás. Atualmente participa como articulador da Rede dos Pontos de Memória e Museologia Social e da Rede LGBT de Memória e Museologia Social.

Texto: Ascom Ibram