Professor da UnB discute presença da cultura africana em palestra no Ibram

publicado: 28/03/2014 15h50,
última modificação: 01/04/2014 10h05

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Palestra sobre Museu Afro Brasil no auditório do Ibram em Brasília

“Falar da presença negra não é falar só de escravidão’”, afirmou Nelson Fernandes Inocêncio, professor do Departamento de Artes visuais da Universidade de Brasília (UnB), durante palestra na quarta-feira (26), no Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), em Brasília.

O professor que também coordena o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da UnB, apresentou sua recém-defendida tese de doutorado, cujo tema é Museu Afro Brasil no contexto da diáspora: dimensões contra-hemogênias das artes e culturas negras.

A palestra foi organizada pela Coordenação de Pesquisa e Inovação Museal (CPIM), ligada ao Departamento de Processos Museais (DEPMUS) do Ibram, com o objetivo de estimular estudos na área e circular conhecimentos da academia, que conversem com a Museologia.

Integram a mesa de debates Alvaro Marins, coordenador da CPIM, Luciana Palmeira e Marijara Queiroz, museólogas do DEPMUS, e Leonardo Neves, também museólogo do Centro Nacional de Estudos e Documentação da Museologia (Cenedom/Ibram).

Subjetividade e representação

Nelson Inocêncio
Nelson Inocêncio fala sobre sua tese de doutorado apresentada na Universidade de Brasília

O principal ponto tratado por Inocêncio foi a tentativa de entender a criação do Museu Afro Brasil, em São Paulo (SP).  Ele busca analisar a conjuntura que precedeu a criação do museu, assim como a sucessão de fatos, como o debate sobre a discriminação racial e “todo um aglomerado de condições subjetivas reunidas”, explicou, que deu possibilidade para a construção do espaço.

Segundo ele, o diferencial do museu Afro Brasil é juntar diversas áreas, falando da presença negra na cultura brasileira em abordagens diferentes. O palestrante ressaltou ainda que o objetivo do museu é se tornar um espaço de arte representativo.

Nelson Inocêncio citou nomes de artistas e ativistas negros que contribuíram para a formação da história, dando ainda um breve histórico dos que conseguiram ingressar no cenário artístico brasileiro, mesmo diante de uma realidade elitista.

Além de abordar pontos de destaque do museu, o professor, contudo, questionou alguns posicionamentos relativos a exposições sobre cultura negra. Faça o download da palestra (arquivo zipado) ou ouça no seu reprodutor de áudio (mp3).

Texto e foto: Ascom/Ibram
Última atualização: 31.3.2014