A equipe do Programa Pontos de Memória/Ibram visitou em Sobradinho II (DF), no dia 8 de novembro, o Centro Espírita Caboclo Boiadeiro João Chapéu de Couro, o primeiro terreiro do Distrito Federal, criado em 1969, além de um acampamento de ciganos das etnias calóns.
A equipe dialogou sobre a construção da política pública de direito à memória, que vem sendo encampada junto ao programa, e de uma rede de iniciativas de memória e museologia social, desenvolvida por grupos, povos e comunidades de todo o país. A proposta também foi mobilizar essas iniciativas a participarem do movimento para a formação de uma rede de memória e museologia social no Distrito Federal.
A ideia é que, até o final do ano, sejam realizadas visitas técnicas a outras comunidades populares e iniciativas culturais das regiões administrativas do DF que tenham interesse e desejo de trabalhar suas memórias e histórias como valorização da identidade, ferramenta de luta e transformação social. A partir de então, será proposto um encontro para se pensar coletivamente na concepção e ações dessa rede no DF.
Movimento em redes
Diante da ampliação do Programa Pontos de Memória, a partir do trabalho junto as 12 iniciativas em comunidades urbanas e por meio dos editais de premiação Pontos de Memória, o Ibram vem trabalhando na perspectiva de articulação, qualificação, intercâmbio e comunicação por meio de redes regionais, estaduais e temáticas de pontos de memória e iniciativas de memória e museologia social, que se desenvolvam de forma autônoma e horizontal.
Até o momento estão em processo de formação e consolidação a Rede Cearense de Museus Comunitários, a Rede de Pontos de Memória e Iniciativas de Memória e Museologia Social do Rio Grande do Sul (REPIM-RS), a Rede de Pontos de Memória do Rio Grande do Norte (RN), a Rede de Pontos de Memória de Belém (PA), a Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro (RJ), a Rede LGBT de Museologia Social e a Rede de memória Indígena de Pernambuco (PE).
Texto e fotos: Programa Pontos de Memória