A partir desta sexta-feira (28) o Museu Histórico Nacional (MHN/Ibram) exibirá, em parceria com o Museu Afro Brasil, a exposição O Espírito da África – Os Reis Africanos. Com curadoria de Emanoel Araújo, a exposição reúne 58 fotografias do austríaco Alfred Weidinger, que retratou reis e chefes contemporâneos de diversas partes do continente africano, além de oito obras de arte africanas que dialogam com as próprias fotos.
Segundo o curador, as fotos expostas têm um grande significado para a história e a memória ancestrais africana, uma vez em que os líderes tribais registrados pela câmera de Weidinger não tem mais poder político, sendo, no entanto, em sua essência, conselheiros de suas comunidades, lembrando a memória de uma África perversamente desfeita pelas novas divisões territoriais, que uniram diferentes etnias no período colonial.
O Museu Histórico Nacional fica na Praça Marechal Âncora, no Centro do Rio de Janeiro, e a exposição pode ser vista até o dia 15 de novembro, de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30. Aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.
O fotógrafo
Alfred Weidinger é um fotógrafo austríaco especializado na África, com foco em pessoas. Em 2012 retratou os remanescentes das monarquias dos maiores reinados africanos. Essa busca resultou em um conjunto de belos retratos da nobreza africana do século 21, intitulado Last Kings of Africa, (Os Últimos Reis da África). A composição das fotos é inspirada nas fotografias dos Reis, Chefes e Anciões africanos tiradas entre o final do século 19 e o início do século 20 que ficaram famosas em todo o mundo através de cartões postais e marcavam a curiosidade sobre a África ao mesmo tempo em que evidenciavam o início do domínio colonial europeu naquele continente, carregando o peso da subjugação da África aos poderes estrangeiros.