A a segunda selecionada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) para intercâmbio profissional em museus da Dinamarca realizado em parceria com a Agência Dinamarquesa de Cultura, acaba de voltar de uma semana no país. A museóloga Janine Ojeda, vinculada ao Museu da Inconfidência, em Ouro Preto (MG), participou de intercâmbio no Museu Nacional da Dinamarca.
Durante os primeiros dias de intercâmbio, Ojeda teve a oportunidade de conhecer as instalações, departamentos e corpo técnico do Museu Nacional da Dinamarca, considerado o principal museu daquele país pela grande representatividade de suas coleções – em especial a coleção etnográfica – espalhadas pelas mais de cem salas do antigo Palácio Real.
O museu é responsável desde janeiro pela gestão de dezesseis instituições federais distribuídas entre palácios, casas e sítios históricos de grande representatividade, tais como o Palácio Christiansborg (onde funciona o Parlamento da Dinamarca), a Casa Vitoriana, o Museu da Resistência (II Guerra Mundial), o Castelo Kronborg (onde supostamente morou Hamlet, segundo a obra de Shakespeare), o Palácio Rosenborg e outros.
Bastidores dos Museus – Além de conhecer a infraestrutura, acervo e equipe da instituição, a intercambista selecionada fez na sexta-feira (8) apresentação sobre o projeto Os Bastidores dos Museus: A Produção de Conhecimento e o Planejamento de Exposições, com referências à cidade de Ouro Preto, ao funcionamento do Museu da Inconfidência e ao Instituto Brasileiro de Museus.
Entre outros temas, foi apresentada a dinâmica da Semana de Museus, promovida anualmente no Brasil em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio), que despertou interesse dos profissionais do Museu Nacional da Dinamarca no desenvolvimento de ação semelhante.
“As primeiras impressões podem ser traduzidas como um aprendizado único que proporcionou a assimilação das experiências do cotidiano do corpo técnico do principal museu da Dinamarca, além de possibilitar a vivência quanto aos resultados da dedicação e do profissionalismo dos técnicos junto à comunidade local”, resume a museóloga Janine Ojeda.
“O intercâmbio gera uma grande reflexão para futuros projetos na área de realização de exposições e programas no Brasil, certamente um pontapé inicial também para uma maior divulgação das ações dos museus brasileiros e das experiências que podem ser conhecidas por outros países do mundo”, completa.
Intercâmbios programados – No início de março, a conservadora e restauradora Marcia Escorteganha já havia realizado em Copenhague, capital dinamarquesa, temporada de trabalho de duas semanas no Royal Danish Collection, uma das principais instituições museais da Dinamarca.
Outros dois selecionados têm intercâmbios programados para as próximas semanas em museus dinamarqueses: Filipe Cesar Campos de Faria Morais (Brandts – Museu de Arte Fotográfica e Visual, de 18 a 29 de abril); e Renata Carleial, que fará intercâmbio no Museu de Louisiana e no Museu Nacional a Céu Aberto de História e Cultura Urbana, na cidade de Aarhus, em maio.